A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) informou que 7.888.768 suínos já foram eliminados em países asiáticos por causa da contaminação com a peste suína africana. O número representa um aumento de 59.501 animais em relação ao levantamento anterior da organização, de 9 de janeiro. Os dados da FAO foram atualizados até a última quinta-feira, 23. Os números da organização divergem das estimativas de mercado por contabilizarem somente os dados divulgados pelos órgãos oficiais de cada país.
O aumento se deve, principalmente, ao número de suínos descartados na Indonésia, que passou de 42 mil animais para 80 mil animais eliminados pela contaminação com a doença. Na última semana, dois novos distritos foram atingidos pelo vírus com 465 casos verificados. Desde que a doença foi confirmada pelo Ministério da Agricultura em 12 dezembro, 857 propriedades foram atingidas em 18 regiões da província de Sumatra Norte.
A FAO informou, ainda, que mais de 3 mil novos focos da doença foram detectados no continente asiático. Destes, a maioria, 2.510 foram verificada no Timor Leste. Com a atualização, a FAO estima 4.652 focos da doença espalhados pela Ásia, ante 1.645 do relatório anterior.
No Timor Leste, os distritos de Baucau, Covalima, Ermera, Lautein, Liquiça, Maliana, Manatuto, Manufahi e Viqueque notificaram a presença do vírus nos últimos quinze dias com 2.510 casos verificados, o que levou à eliminação de 11.195 suínos. No país, desde que o primeiro caso foi confirmado, em 27 de setembro, 2.610 focos foram identificados e 16 mil animais, sacrificados.
Na Coreia do Sul, o número de casos detectados passou para 98, ante 80 no levantamento anterior. No período 98 animais foram eliminados. O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país informou que, desde que a doença foi notificada, em 17 de setembro, três cidades foram atingidas pela epidemia e 450 mil suínos eliminados.
No último relatório, nove novos focos foram verificados nas Filipinas e duas novas províncias afetadas, Bataan e Tarlac. Mais 85 animais foram eliminados em virtude destes novos casos. No país, 136,77 mil animais já foram mortos em decorrência da contaminação com o vírus. No país, desde 25 de julho deste ano, quando o Departamento de Agricultura local confirmou o primeiro caso, 24 focos em onzeprovíncias e em uma cidade foram identificados.
No Laos, cinco novos casos foram identificados no período de cobertura do relatório, levando ao descarte sanitário de 10 mil suínos. No país, desde a detecção da epidemia, em 20 de junho, 170 focos foram relatados em 18 províncias e 49 mil animais foram eliminados.
Nos demais países afetados, Vietnã, China, Coreia do Norte, Mongólia, Camboja e Mianmar, os números ficaram inalterados em relação ao balanço anterior. O Vietnã continua com a pior condição em termos de número de animais levados ao abate sanitário, com 5,96 milhões. Segundo o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do país, a epidemia atingiu 667 distritos em 63 províncias/cidades desde o relato da doença, em 19 de fevereiro.
A China tem a situação mais crítica em termos de extensão, com 169 focos em 32 províncias, incluindo a região administrativa de Hong Kong. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país, desde a identificação da doença, 1,193 milhão de animais foram eliminados.
Quanto à Mongólia, desde o primeiro caso, detectado em 15 de janeiro, 11 surtos foram notificados em seis províncias, levando à eliminação de 3,115 mil animais, mais de 10% do plantel do país. No Camboja, de acordo com o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do país, a identificação da doença ocorreu em 2 de abril, e 2,85 mil animais foram mortos e cinco províncias foram atingidas.
A Coreia do Norte permanece com um foco da doença identificado em 23 de maio, o que levou à eliminação de 77 animais. Em Mianmar, desde que o primeiro caso foi detectado pelo governo, em 1º de agosto, a epidemia atingiu aldeias da província de Shan State com quatro focos e já levou ao abate sanitário de 163 animais.
Por Isadora Duarte
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