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Indicadores econômicos devem dar a tônica dos pregões

(Foto: Shutterstock)

Passado o susto político com a decisão da Câmara dos Deputados de manter o veto presidencial ao reajuste dos servidores públicos, a atenção dos investidores no último pregão da semana se volta para os indicadores econômicos. Nesta sexta-feira (21), os números da economia europeia mostram que a recuperação da economia após o pior momento da pandemia deve demorar mais que o esperado para chegar. E, ao longo da manhã, é grande a expectativa com os indicadores da economia americana, que devem dar a tônica dos pregões hoje.

Na Europa, o PMI de agosto para a Zona do Euro caiu para 51,6 pontos ante 54,9 pontos em julho. O PMI ainda está no terreno otimista, de resultados superiores a 50 pontos, mas registrou uma queda maior do que o esperado, mostrando que a recuperação econômica não está tão vigorosa quanto se imaginava neste terceiro trimestre. Os prognósticos eram de que, após o fechamento das economias em março e em abril ter atingido com força os negócios, o começo da reabertura já permitiria esperar uma volta à normalidade. No entanto, não foi isso que ocorreu.

Na manhã da quinta-feira (20), o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego nos Estado Unidos na semana encerrada em 15 de agosto foi de 1,106 milhão, um aumento de 135 mil pedidos em relação à semana anterior, e bastante acima dos 925 mil pedidos esperados. Esse indicador, um dos mais relevantes para sentir a temperatura da economia real, mostra um cenário ruim para o desemprego.

Na semana anterior, o número revisado de pedidos havia sido de 971 mil, alimentando a esperança de resultados inferiores a um milhão e com trajetória descendente. No entanto, a frustração dessa expectativa torna ainda mais relevante os três indicadores PMI de agosto da economia americana que serão divulgados logo mais: o agregado, o industrial e o de serviços. O consenso para o PMI dos serviços é de 50,7, acima dos 50,0 pontos de julho, e o consenso para o PMI industrial é de 51,5, também acima dos 50,9 pontos registrados em julho. No mês passado, o PMI agregado registrou 50,3 pontos, e o consenso é de 50,9 pontos.

No mercado internacional, a decepção com os indicadores cobrou seu preço, especialmente na Europa – no momento da divulgação, os pregões na Ásia já haviam encerrado seus negócios. As ações estão em queda de 0,9% tanto em Frankfurt quanto em Londres, e os contratos futuros do índice americano S&P 500 estão em baixa de 0,5%.

Indicadores

A expectativa mediana de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses registrou queda de 0,2 ponto percentual no mês de agosto e recuou para 4,3%, atingindo novo mínimo histórico. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,8 ponto percentual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta sexta-feira.

As expectativas para a inflação caíram junto a consumidores de todas as faixas de renda. Segundo a FGV, 57,5% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação de 4,0% esperada para 2020. A parcela dos consumidores que espera uma inflação acima de 5,5% – o teto da meta de inflação – caiu 1,8 ponto percentual, recuando de 30,1% para 28,3%, a menor parcela nos últimos seis meses.

A queda das ações no mercado internacional está repercutindo no pregão brasileiro, com os contratos futuros do Ibovespa iniciando o pregão em baixa. Espera-se um dia de forte volatilidade, cuja tônica será definida pela divulgação dos indicadores da economia americana, ainda nesta manhã.

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