O Estado de São Paulo ultrapassou nesta segunda-feira, 17, os 700 mil casos confirmados de covid-19 e projeta, até o final de agosto, entre 835 mil e 970 mil casos da doença. De acordo com balanço da Secretaria Estadual da Saúde, São Paulo tem 702.665 casos, com 3.022 registrados nas últimas 24 horas.
Em relação aos óbitos, o Estado tem 26.889 mortes pela doença, 47 registrados em 24 horas. Às segundas-feiras, os números são mais baixos dado o representamento de registros aos finais de semana. E a projeção do Centro de Contingência Contra a Covid-19 estima entre 30 mil e 36 mil mortes no total até o final do mês.
O boletim divulgado pela Secretaria do Estado de Saúde aponta que houve uma queda de 4% nos óbitos registrados na região metropolitana de São Paulo, enquanto esse índice diminuiu 5% no interior e na Baixada Paulista na 34ª semana epidemiológica. Seguindo a tendência das últimas semanas, a taxa de ocupação dos leitos na UTI manteve-se abaixo dos 60%, atingindo 57% no Estado e 55,5% na Grande São Paulo.
“Sem a inserção do novo método de notificação, teríamos o melhor índice de óbitos em relação às semanas anteriores, com números semelhantes à 24ª semana epidemiológica, mostrando, desta forma, um controle da pandemia no Estado”, afirmou o secretário de Saúde Jean Gorinchteyn.
Ele se refere ao novo critperio adotado na semana passada pelo Ministério da Saúde, no qual se passou a contabilizar casos e mortes com base em exames de imagem que apontam alterações da covid-19 no organismo do paciente. Com essa mudança, o Estado inclui na conta 221 mortes a mais desde o começo da pandemia na conta. Dessa forma, a média semanal de mortes pela covid-19 no Estado chegou a 252 óbitos. Sem esses óbitos adicionados pelo novo critério, esse número seria de 220.
Possíveis asos de reinfecção
Gorinchteyn também confirmou que o Hospital das Clínicas destinou um ambulatório específico para analisar pacientes que indiquem sinais de possível reinfecção pela covid-19. “Existe um pequeno número de pessoas que apresentaram sintomas muito compatíveis. Porém, através de exames, ainda se mantinha a perpetuação da identificação do vírus”, explicou.
Entretanto, de acordo com ele, ainda é cedo para afirmar se todos os pacientes internados nesse ambulatório específico teriam apresentado uma nova infecção pelo coronavírus. “O objetivo não é apenas dar seguimento ao atendimento, mas saber se houve recorrência de reinfecção ou há outro vírus em curso que não o covid-19, para que possamos entender outras realidades que não foram refletidas ou informadas em outros países.”
Por João Ker e Paloma Cotes
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