O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou o novo secretário-geral da Interpol, o delegado da Polícia Federal (PF) Valdecy Urquiza, pelo cargo. Confirmado nesta terça-feira, 5, para o posto, Urquiza assume o mandato em 2025.
Pelo X (antigo Twitter), Lula desejou “uma excelente gestão no combate ao crime organizado” ao brasileiro, que será o primeiro cidadão de um país em desenvolvimento a chefiar a organização internacional de mais de 100 anos.
A confirmação de Urquiza ocorreu durante a Assembleia Geral da entidade, realizada em Glasgow, na Escócia. Lula destacou que o novo secretário-geral foi eleito com 96% dos votos dos presentes e disse que a chegada dele ao cargo demonstra “confiança no Brasil”.
“Esta é a primeira vez que um brasileiro ocupa o cargo mais alto da Interpol, o que demonstra a confiança no Brasil e o respeito à Polícia Federal”, afirmou o presidente.
O delegado foi eleito em junho pelo Comitê Executivo da Interpol, em Lyon, na França, onde fica a sede da organização. Na época, a PF afirmou que a eleição foi fruto de coordenação entre a corporação, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo a corporação, a campanha de Urquiza, iniciada em junho de 2022, foi baseada “na promoção da diversidade e da modernização da Interpol, bem como no fortalecimento da transparência e da integridade da organização, com vistas a reforçar seu papel crucial na cooperação policial e no combate ao crime em todo o mundo”.
Fundada em 1923, a organização facilita a cooperação entre polícias globais atuando contra o crime organizado.
O cargo de secretário-geral da Interpol é crucial na administração da organização. Cabe a ele liderar o corpo executivo da instituição, formado por mais de 1 mil profissionais, entre homens e mulheres que atuam nas atividades estratégicas e operacionais da Interpol.
Urquiza assumirá o posto em 2025 para um mandato de cinco anos, prorrogáveis por mais cinco. Atualmente, o delegado é vice-presidente para as Américas da Interpol, eleito pelos 195 países-membros em 2021 para o mandato que se estendeu até este ano.
Por Karina Ferreira
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