A Azul anunciou nesta segunda-feira, 28, que celebrou acordos com seus atuais detentores de títulos de dívida para recebimento de recursos adicionais. Acordo para os atuais credores fornecerem até US$ 500 milhões em nova dívida com garantias prioritárias, sendo US$ 150 milhões fornecidos esta semana e US$ 250 milhões antes do final do ano, com potencial para desbloquear US$ 100 milhões adicionais.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que o acordo fortalece consideravelmente sua liquidez e posição financeira e cristaliza o acordo previamente anunciado com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs) para eliminar as obrigações de equity em troca de 100 milhões ações preferenciais da empresa.
A operação prevê acordos para melhorar o fluxo de caixa da Azul em mais de US$ 150 milhões, reduzindo certas obrigações com arrendadores e OEMs nos próximos 18 meses; esforço colaborativo para buscar melhorias adicionais no fluxo de caixa de aproximadamente US$ 100 milhões por ano; e possível conversão de até US$ 800 milhões de dívida existente com garantia secundária em ações, condicionada à melhoria de US$ 100 milhões mencionada acima, levando a uma redução adicional de juros ao ano de quase US$ 100 milhões.
Negociações
A aérea lembra que firmou em 7 de outubro acordos comerciais com arrendadores e OEMs que agora representam aproximadamente 98% das obrigações do instrumento de equity, sujeito a certas condições e aprovações corporativas. Sob esses acordos, os arrendadores e OEMs concordaram em eliminar sua participação pro-rata do saldo atual das obrigações do instrumento de equity totalizando R$ 3,1 bilhões e, em troca, receberão até 100 milhões de novas ações preferenciais da AZUL4 em uma emissão única.
Esses acordos comerciais com arrendadores e OEMs tinham uma condição de captação que é satisfeita pelo financiamento superprioritário anunciado hoje e entrará em vigor após o recebimento dos recursos e a finalização da documentação definitiva com os arrendadores e OEMs.
Por Beth Moreira
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