As Bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira, 31, um dia após a divulgação da queda recorde do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, como resultado da pandemia do novo coronavírus. Os mercados da China, no entanto, se animaram com dados que indicam recuperação da atividade manufatureira.
Na quinta-feira, 30, o governo americano divulgou que o PIB dos EUA sofreu uma retração anualizada de 32,9% no segundo trimestre, a maior da história, diante dos efeitos da covid-19. Embora não tenha sido tão ruim quanto se esperava, o resultado realimentou temores sobre a perspectiva da economia global.
Além disso, a propagação e o saldo de mortes do coronavírus pelo mundo continua inibindo o apetite por risco. Apenas os EUA acumulam mais de 150 mil óbitos causados pela doença.
Bolsas da Ásia
O índice acionário japonês Nikkei caiu 2,82% em Tóquio, a 21.710,00 pontos, pressionado por ações financeiras, enquanto o Hang Seng recuou 0,47% em Hong Kong, a 24.595,35 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,78% em Seul, a 2.249,37 pontos, e o Taiex registrou perda de 0,46% em Taiwan, a 12.664,80 pontos.
Na China continental, porém, as Bolsas ficaram no azul após dados mostrarem que o índice de gerentes de compras (PMI, pela sigla em inglês) do setor industrial chinês subiu de 50,9 em junho para 51,1 em julho, sugerindo que a manufatura da segunda maior economia do mundo está se expandindo em ritmo mais veloz do que se imaginava, após sofrer o violento choque da pandemia. O Xangai Composto subiu 0,71% nesta sexta, a 3.310,01 pontos, encerrando julho com valorização superior a 10%. Já o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,33%, a 2.256,87 pontos.
Na Oceania, a Bolsa australiana teve seu pior dia em cinco semanas, diante também do avanço do coronavírus no Estado de Victoria. O S&P/ASX 200 caiu 2,04% em Sydney, a 5.927,80 pontos.
Bolsas da Europa
As Bolsas europeias abriram o pregão desta sexta-feira em alta, mas logo passaram a operar sem direção única, enquanto investidores avaliam o impacto da pandemia de coronavírus na zona do euro e nos balanços de grandes empresas da região. Dados publicados nesta madrugada mostraram que o PIB da França sofreu queda histórica de 13,8% no segundo trimestre ante o primeiro, mas menor do que se previa. Logo mais, serão divulgados o PIB e prévia de inflação da zona do euro. Às 4h16, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 0,05% e a de Paris recuava 0,04%, mas a de Frankfurt subia 0,15%. Já as de Milão e Lisboa tinham ganhos de 0,52% e 0,58% respectivamente, enquanto a de Madri cedia 0,10%.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em alta de mais de 1% na madrugada desta sexta-feira, revertendo parte das perdas da sessão anterior, quando atingiram os menores níveis em três semanas, após dados mostrarem que a atividade industrial na China se recupera da pandemia de coronavírus em ritmo mais rápido do que o esperado. Às 4h49 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para setembro avançava 1,15% na Nymex, a US$ 40,38, enquanto o do Brent para outubro subia 1,16% na ICE, a US$ 43,75.
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