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PIB dos EUA encolhe 32,9% no segundo trimestre

(Foto: Shutterstock)

A economia americana encolheu 32,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2019, informou na manhã desta quinta-feira (30) o Bureau of Economic Statistics, o IBGE americano. Foi o pior resultado trimestral já registrado na história econômica americana. Em um primeiro momento, porém, a reação do mercado foi relativamente calma. Apesar da retração recorde, o resultado foi levemente melhor do que as expectativas, que indicavam uma retração de 34,7%. A razão, claro, é o impacto da pandemia sobre as atividades econômicas – os Estados Unidos ainda são os líderes em vítimas, com 4,5 milhões de contaminações e 153 mil vítimas fatais.

Não foi a única notícia negativa. Na madrugada, os pregões europeus recuaram com a notícia de que a economia da Alemanha encolheu mais do que o esperado no segundo trimestre, de acordo com dados preliminares divulgados pela Destatis. A produção trimestral caiu cerca de 10,1%, resultado pior do que as projeções, que indicavam uma baixa de 9%. No entanto, esses números podem estar sujeitos a revisões consideráveis, já que a Alemanha ainda não publicou os dados de junho para vendas no varejo, produção industrial ou exportações.

Porém, os indicadores do emprego foram levemente positivos, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. O desemprego na Alemanha caiu em julho com a abertura de 18 mil vagas, dados ajustados sazonalmente. E, nos Estados Unidos, os pedidos iniciais de seguro-desemprego foram de 1,434 milhão, levemente abaixo da expectativa, que era de 1,45 milhão.

O resultado do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos e da Alemanha já era, de certa maneira, esperado. O segundo trimestre do ano foi o período em que as medidas de contenção e de fechamento da economia foram aplicadas com mais intensidade, e com efeitos mais profundos sobre a produção, a renda e o consumo. Apesar de assustadores, esses números têm de ser encarados como eventos isolados, como fundos de vale, e não como indicadores de que a economia nunca mais vai se recuperar.

Indicadores

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M)1 subiu 2,23% em julho, percentual superior ao apurado em junho, quando havia apresentado taxa de 1,56%. Com este resultado, o índice acumula alta de 6,71% no ano e de 9,27% em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas.

A FGV também divulgou uma melhora no Índice de Confiança de Serviços (ICS), que avançou 7,3 pontos em julho, para 79,0 pontos. Após três altas consecutivas, o índice recompôs cerca de 62% das perdas sofridas nos primeiros quatro meses deste ano. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços aumentou 3,3 pontos percentuais para 80,5%, interrompendo sequência de quatro meses de quedas, o maior valor desde março de 2020, mês no qual a pandemia passou a impactar na economia brasileira.

Mesmo sendo um pouco melhor do que o esperado, o PIB americano preocupou os investidores. Espera-se uma forte volatilidade nos preços dos ativos nesta quinta-feira (30), com um cenário predominantemente negativo. Os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 estão começando o dia em baixa.

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