A TIM fechou o balanço do segundo trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 260 milhões, uma queda de 23,9% em relação ao mesmo período de 2019. A operadora sofreu um recuo no faturamento devido à pandemia, mas os cortes de custos amorteceram parcialmente o baque.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado, que exclui efeitos não recorrentes, somou R$ 1,979 bilhão, leve alta de 0,9% na mesma base de comparação. A margem Ebitda cresceu 3,6 pontos porcentuais, para 49,6%.
A receita operacional líquida foi de R$ 3,987 bilhões, uma baixa de 6,5%. A receita de serviços móvel (planos pré e pós pagos) encolheu 4,2%, para R$ 3,671 bilhões. Já a receita de serviço fixo (banda larga TIM Live) cresceu 10,8%, para R$ 255 milhões.
A operadora foi afetada pela quarentena, que reduziu as recargas nos planos pré-pagos, diminuiu o tráfego de dados nos planos pós-pagos e derrubou as vendas de aparelhos, fatores que provocaram um encolhimento da receita.
A receita do segmento pré-pago da TIM caiu 10,7% no segundo trimestre, enquanto no pós-pago, esse efeito foi mais brando, com baixa de apenas 1,1%. A base de clientes pré-pagos teve baixa, na ordem de 8,7%. Já a base de pós ficou estável. Pelo lado positivo, a companhia expandiu sua base de banda larga em 19,6%.
O resultado líquido também foi afetado negativamente por uma alta de 75% nas despesas com impostos, que chegaram a R$ 100 milhões, explicada pelo menor uso de benefícios fiscais no trimestre.
Pelo lado positivo, a TIM baixou em 12,8% os seus custos operacionais normalizados, para R$ 2,008 bilhões. O corte foi expressivo, contribuiu para a expansão da margem do lucro operacional medido pelo Ebitda e evitou uma queda maior do lucro líquido.
Nesta linha de custos, houve menos despesas com mercadorias e vendas, já que o mercado teve o funcionamento reduzido nos últimos meses. Mas a surpresa positiva foi a baixa de 15,6% na provisão para devedores duvidosos em plena crise. Segundo a companhia, essa baixa refletiu os esforços iniciados nos últimos trimestres para aprimorar as políticas de crédito, cobrança e recuperação do valores.
A TIM também cortou em 28,8% os investimentos no trimestre, para R$ 673 milhões. A empresa decidiu adiar alguns projetos, como desenvolvimento de serviços para pré-pagos e reformas de lojas, uma vez que essas operações perderam força durante a quarentena.
A dívida líquida foi a R$ 7,028 bilhões, redução de R$ 1,186 bilhão em um ano, explicada pelo crescimento maior do volume de caixa e aplicações Financeiras. A tele fechou o trimestre com caixa de R$ 3,330 bilhões. A alavancagem, medida pela relação de dívida líquida e Ebitda, ficou em 0,85 vez.
Por Circe Bonatelli
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