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Bolsa fecha em alta de 2% com aumento de apetite por risco; dólar fica a R$ 5,15

(Foto: Divulgação)

O apetite dos investidores por risco fortaleceu a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, nesta segunda-feira, 27, que encerrou com alta de 2,05%, aos 104.477,08 pontos. Já o aumento das tensões Estados Unidos e China, que ganharam ainda mais força no final da semana passadam pesou sobre o dólar, que fechou em baixa de 92%, a R$ 5,1580.

De acordo com o analista da Necton Investimentos Márcio Gomes, com o processo de realização de lucros e realocação de capital, os investidores vendem esses ativos que subiram bem e acabam comprando setores um pouco mais defasados, como o de bancos.

O ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio-fundador da Gávea Investimentos, Arminio Fraga, alertou há pouco que, na sua avaliação, países pretendem enxugar liquidez no pós-pandemia. Com relação ao Brasil, disse ser fundamental colocar a dívida em trajetória de queda para manter os juros baixos. “Tenho muito medo dessa fragilização fiscal, o país está saindo de uma UTI”, afirmou.

Ainda no noticiário local, a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,836 bilhão na quarta semana de julho (de 20 a 26). De acordo com dados divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 4,540 bilhões e importações de US$ 2,704 bilhões.

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo mostraram recuperação em junho, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP). As vendas em junho atingiram 2.984 unidades. Esse montante foi 24,1% maior que em maio e 56% abaixo do mesmo mês do ano passado.

Também chama a atenção, a revisão da queda para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 feita pelos analistas do mercado, agora estimada em 5,77%. Há um mês atrás, as projeções divulgadas no relatório Focus, do Banco Central (BC), apontavam para recuo de 6,64%.

Câmbio
O dólar teve nova baixa nesta segunda, após Pequim cumprir ainda hoje a sua decisão de encerrar as operações do consulado dos EUA em Chengdu. A decisão veio após Washington ordenar o fechamento do consulado chinês em Houston. Na mínima do dia, por volta das 16h, a moeda à vista bateu em R$ 5,1522, um recuou de 1,03%. Nessa mesma hora, o dólar para agosto tambem cedia a R$ 5,1530 no mesmo horário. Nas casas de câmbio, de acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, o dólar turismo é negociado próximo de R$ 5,45.

No segmento de juros futuros, a sessão também foi de queda, com a taxa do contrato DI fechando a 1,930% ante 1,948% do ajuste de sexta-feira.

Bolsas do exterior
Um clima misto predominou entre os mercados internacionais, com ganhos sendo registrados majoritariamente na Ásia. Por lá, dados apontam que o lucro de grandes empresas industriais da China deu um salto anual de 11,5% em junho, quase o dobro do ganho de 6% visto em maio e marcando seu maior avanço desde março de 2019. Já na Europa o dia foi essencialmente negativo, com os investidores atentos ao aumento das tensões entre os chineses e os americanos e ainda de olho no aumento de casos do coronavírus.

No continente asiático, os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto subiram 0,26% e 0,28%, enquanto o sul-coreano Kospi teve alta de 0,79% e o Taiex de Taiwan ganhou 2,31%. Já o japonês Nikkei caiu 0,16%, após ficar parado por dois dias devido a um feriado no Japão. O Hang Seng recuou 0,41% em Hong Kong, mas a Bolsa australiana terminou o pregão em alta de 0,34% na Oceania.

No velho continente, o tom negativo predominou e nem a alta do índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha, que avançou 90,5 em julho, acima da previsão de 89,0 dos analistas, melhorou o clima. Por lá, a maior beneficiada pela informação, foi a Bolsa de Frankfurt, que ficou estável, com alta de 0,60%. O Stoxx 600 cedeu 0,31%, enquanto a Bolsa de Londres caiu 0,31% e a de Paris teve baixa de 0,34%. Milão, Madri e Lisboa tiveram quedas mais expressivas, de 0,28%, 1,70% e 0,89% cada.

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