O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou nesta quinta-feira, 18, que o patamar atual do dólar reflete um resquício de incertezas do mercado quanto ao cenário doméstico brasileiro. Ele avaliou que esse quadro será “debelado” com ações e comunicação do governo nos próximos meses e disse crer que o patamar de câmbio voltará ao que era em abril, quando o País acompanhava seus pares.
O secretário destacou que a partir de maio houve um deslocamento do Brasil aos seus pares em relação ao câmbio. O cenário, segundo ele, pode ser explicado por fatores domésticos, com aumento do nível de incertezas quanto à sustentabilidade do arcabouço fiscal e à meta de resultado primário das contas públicas.
Segundo ele, no entanto, as convenções do mercado sobre a política fiscal do País podem estar ancoradas em percepções, crenças e ideologias. “O que eu acredito que a gente trabalha aqui é entregar fatos, dados, decisões, ações concretas, como elas vão ser interpretadas é importante, mas não é algo que está sob controle da autoridade monetária ou do Ministério da Fazenda”, disse.
Ele reiterou ainda que o processo de aumento de incertezas foi “debelado” nas últimas semanas. “Isso não quer dizer que você não possa ter momentos de estresse, é natural que existam, mas o cenário base melhorou, tanto do ponto de vista externo quanto doméstico”, avaliou.
Por Giordanna Neves e Amanda Pupo
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