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FGV: índice de confiança empresarial sobe 7,3 pontos em julho, diz prévia extra

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) ganhou força em julho e subiu 7,3 pontos, para 87,7. O resultado, que considera dados coletados até o dia 14 do mês, foi divulgado nesta quinta-feira, 16, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em prévia extraordinária.

No Índice de Confiança do Consumidor (ICC), o crescimento foi de 4,8 pontos, para 75,9. “Nestes três meses de maio a julho, houve recomposição de 78% das perdas sofridas no bimestre março-abril pelas empresas e de 60% da queda na confiança dos consumidores”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do Ibre/FGV, em nota.

No ICE, a alta foi puxada pela melhora nas expectativas de empresários. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 8 pontos, para 90,4, ainda abaixo da taxa observada em fevereiro (102,6), mas acima do dado de março (87,7). O Índice de Situação Atual (ISA-E) avançou 6,9 pontos, para 79,5. É o maior nível desde abril (61,4), mas ainda inferior ao registrado em março (91,7).

Na confiança do consumidor, o crescimento também foi puxado pela melhora nas expectativas. O IE-C avançou 7,3 pontos, para 80,1, maior nível desde março (83,9). O ISA-C teve crescimento mais moderado, de 0,7 pontos, para 71,3.

Setores

Entre os setores que compõem o ICE, a mais intensa elevação ocorreu na indústria. A confiança do setor cresceu 17,3 pontos, para 94,9. Com o aumento, a confiança industrial já recuperou aproximadamente 85% das perdas registradas entre março e abril.

Em seguida estão serviços, com alta de 4,9 pontos, para 76,6, e a construção, cuja confiança subiu 4,3 pontos, para 81,4. Ambos os setores recuperaram 59% das perdas registradas entre março e abril.

No resultado preliminar, o comércio ficou próximo da estabilidade em julho, com alta de 0,8 ponto. Apesar da alta modesta, o índice de confiança do setor já atingiu os 85,2 pontos, uma recuperação de 62,0% das perdas.

“A velocidade da retomada dependerá cada vez mais dos consumidores, que continuam insatisfeitos com a situação atual e, apesar de mais otimistas com as perspectivas econômicas em geral, se mantêm cautelosos com relação aos gastos de consumo”, observa Viviane Bittencourt.

Por Cícero Cotrim

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