O Brasil exportou 24,1 milhões de toneladas de alimentos industrializados de janeiro a abril de 2024, alta de 33,6% em relação a igual período do ano passado. O valor alcançou US$ 20,1 bilhões, 18,8% acima do apurado em 2023, conforme aponta pesquisa mensal da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), antecipada ao Broadcast Agro.
Os itens de maior destaque, considerando os valores, foram as proteínas animais, com US$ 7,6 bilhões (+5,6%), produtos do açúcar, com US$ 5,7 bilhões (+107,8%), farelo de soja e outros, com US$ 3,6 bilhões (+1,7%), óleos e gorduras, com US$ 706 milhões (-46,1%) e preparados de vegetais (sucos, doces, conservas de frutas, verduras e legumes), com US$ 973 milhões (+14,5%).
Os 22 países da Liga Árabe assumiram a posição de principal mercado de exportação de alimentos industrializados no primeiro quadrimestre do ano, com US$ 4,1 bilhões, alta de 48% em relação a igual período em 2023, o que correspondeu a uma participação de 20,3% do total. Os principais produtos foram os açúcares, com US$ 2,08 bilhões (+104,8%), e as proteínas animais, com US$ 1,8 bilhão (+30,1%).
Para o bloco da Ásia, destaca-se a China, com US$ 2,56 bilhões entre janeiro e abril de 2024 (-1,3%), e com participação de 12,7%. Destaque para as proteínas animais, com US$ 2,24 bilhões (-3,2%) e açúcares, com US$ 139 milhões (+118,7%).
A União Europeia, com US$ 2,51 bilhões (-9,2%), apresentou participação 12,4% no primeiro quadrimestre, destaque para preparados de vegetais, com US$ 438 milhões (+24%); farelo de soja, com US$ 1,4 bilhão (-9,6%) e proteína animal, US$ 358 milhões (-18,2%).
Produção anual – A indústria de alimentos do Brasil conta com 38 mil empresas que produzem 270 milhões de toneladas de comida por ano, informou a Abia. Deste total, 73% são destinados ao abastecimento do mercado interno, enquanto os 27% restantes são exportados para 190 países, atendendo padrões de fiscalização e regulação desses diferentes destinos.
Em 2023, o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de produtos industrializados em volume, além de ser reconhecido como maior exportador e o segundo maior produtor mundial de carnes bovina e de aves. A indústria processa 60,9% de tudo o que é produzido no campo e, a título de ilustração, quando se analisa a produção de origem animal, essa proporção aumenta, podendo superar 95%. A produção industrial de alimentos de origem animal também é significativa na exportação, equivalente a 38,3% em 2023.
Por Amélia Alves
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