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Ibovespa chega a 100 mil pontos pela 1ª vez em quatro meses, mas perde fôlego e se mantém em queda

(Foto: Shutterstock)

Depois de atingir o patamar de 100 mil pontos pela primeira vez desde o início de março, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) passou a apresentar leves quedas, oscilando entre os 98 mil e 99 mil pontos. O movimento de alta ocorreu na primeira hora após a abertura e depois permaneceu em queda próxima de 1%.

O dólar apresenta queda desde o início das negociações desta quinta-feira, 9, chegando a atingir o valor mínimo de R$ 5,2472. A desvalorização da moeda ocorre depois da notícia de que os EUA registraram mais de 3 milhões de casos do novo coronavírus. Ao longo dia, o câmbio tem se mantido próximo de R$ 5,30. A cotação máxima do dia chegou a R$ 5,3467.

Na quarta-feira, 8, o dólar fechou cotado a R$ 5,3496. O índice DXY, que compara a moeda americana ante seis rivais, oscilava ao redor da estabilidade há pouco, enquanto um viés de baixa predominava frente a divisas emergentes ligadas a commodities pares do real. Os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caíram 99 mil nesta semana, e permaneceram no patamar de 1,3 milhão.

Cenário
Enquanto na China os dados de inflação permanecem em trajetória de retomada, impulsionando a alta das bolsas e a moeda chinesa, o yuan, ao seu maior nível desde março em relação ao dólar, o Banco do Japão (BoJ) rebaixou, nesta quinta, a sua perspectiva para todas as nove economias regionais do país, com a pandemia do novo coronavírus pesando sobre os exportadores e o setor de serviços.

No relatório anterior, de abril, o banco disse que as nove economias estavam fracas ou estavam enfrentando forte pressão descendente. O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, afirmou que a economia do Japão está em uma situação extremamente grave e não hesitará em tomar medidas adicionais, se necessário.

No Brasil, fica no radar uma videoconferência do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do vice-presidente Hamilton Mourão com investidores internacionais para tratar do desmatamento na Amazônia. O estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro, que está com coronavírus, será monitorado, em meio a preocupações com possíveis infecções do coronavírus na cúpula do governo brasileiro, principalmente com o ministro da Economia, Paulo Guedes. A pauta do Congresso também prevê a votação da prorrogação de medidas emergenciais para diminuir o impacto da pandemia da covid-19 na atividade econômica, como a Medida Provisória 927, que trata das relações de trabalho durante a pandemia da covid-19, no Senado.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou na quarta que o Congresso deve derrubar o veto do presidente à prorrogação até o fim de 2021 da desoneração da folha de pagamentos, que diminui o custo de contratação de funcionários. Além disso, o Estadão/Broadcast apurou que o governo deve reforçar o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), mas o valor de suplementação ainda não foi definido pela equipe econômica. O orçamento total do Pronampe é de R$ 18,7 bilhões.

Na quarta, após manhã volátil, o dólar firmou queda nos negócios da tarde, após dois dias de alta. A sessão foi marcada pelo enfraquecimento da moeda americana no exterior, após notícias animadoras sobre uma vacina para combater o coronavírus, mas com o crescimento de casos nos Estados Unidos no radar. A melhora da atividade doméstica, evidenciada por vendas no varejo melhores que o previsto, também ajudou a fortalecer o real, enquanto o Ibovespa voltou a encostar nos 100 mil pontos, que haviam sido perdidos com a pandemia do novo coronavírus. / SILVANA ROCHA E LUÍSA LAVAL

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