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IBP cria fundo para associadas ajudarem RS e indica melhora no abastecimento da região

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) criou um fundo financeiro para que suas empresas associadas – grandes petroleiras, distribuidoras de combustíveis, entre outras empresas do setor energético – possam realizar doações com o objetivo de apoiar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul. A entidade vem publicando boletins diários atualizando a situação do abastecimento de combustíveis na região.

“A chegada de combustível aos postos da Região Metropolitana cresce gradativamente a partir da melhoria na operação das bases da região de Canoas/Esteio. Seguem abastecidas as regiões de Viamão, Bela Vista e a Zona Sul da cidade de Porto Alegre”, informou o IBP no boletim na tarde de quarta-feira, 8.

O próximo boletim será divulgado na tarde desta quinta-feira, 9.

Segundo o IBP, a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Petrobras, no Paraná, tem sido a alternativa para abastecimento da região, e mantém elevada a cota de entrega dos produtos (GLP, gasolina, S500 e S10) para auxílio ao suprimento do RS. Já a Refap, conforme a Petrobras informou na quarta-feira, segue operando em carga mínima e uma unidade de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) parada por incapacidade do escoamento da demanda.

A Refinaria Riograndense, parceira entre Petrobras, Braskem e Ultrapar, estava completamente parada na tarde de ontem, preventivamente, devido à previsão de alagamento e chuvas fortes em Rio Grande. A unidade tem estoque de gasolina, diesel S10 e diesel S500, informou o IBP.

“A situação mais crítica continua sendo a disponibilidade de chegada do etanol anidro devido aos bloqueios rodoviários”, destacou a entidade.

Para tentar viabilizar o abastecimento, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) flexibilizou, no início da semana, a mistura dos biocombustíveis nos combustíveis fósseis.

Uma unidade da Braskem em Triunfo também está fechada, informa o IBP, com previsão de volta apenas no final do mês. Dos dutos e terminais do estado, apenas o Terminal de Niterói (Tenit), da Transpetro, teve as operações interrompidas, ainda aguardando para escoar a água e avaliar os danos.

O IBP reportou que a base da Vibra no estado melhorou substancialmente, “já tendo como interiorizar produto. “Mas o fluxo é muito mais longo, via Santa Catarina”, informou o instituto. Já a base da Ipiranga seguia com água. “O gargalo é a subestação. A operando está estruturada em bases parceiras, porém atendimento de cerca de 50%”.

A Raízen, segundo o IBP, continua com operação de carga e descarga, porém em contingência devido à falta de pessoal. “Estão organizando rotas alternativas para levar produto às bases secundárias, clientes do interior e melhorar o fluxo de biocombustíveis”, explicou.

Fundo

Sobre o fundo criado para ajudar as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, o IBP disse que as doações financeiras serão feitas diretamente ao IBP, que repassará os volumes arrecadados a uma entidade recomendada pela comissão de responsabilidade social do instituto, o Movimento União Brasil, que, por meio do Instituto da Criança, está coordenando a utilização desses recursos para atendimento aos que mais necessitam.

Além disso, está organizando uma frente para viabilizar a doação de combustíveis para a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a fim de auxiliar nas ações de resgate da população impactada.

“O IBP continua atuando, em conjunto com suas associadas, na coordenação de ações para minimizar os impactos no abastecimento de combustíveis na região atingida pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul”, afirmou em nota.

Por Denise Luna

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