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Portugal volta a assumir controle da companhia aérea TAP

(Foto: Divulgação)

O governo português anunciou na quinta-feira, 2, que firmou acordo com acionistas privados da companhia aérea TAP passando a deter participação de controle da empresa, que passa por dificuldades desde que a pandemia do novo coronavírus praticamente paralisou o setor.

O ministro das Finanças, João Leão, disse que o Estado aumentará sua participação na TAP de 50% para 72,5%.

“De forma a evitar o colapso da empresa, o Estado optou por chegar a acordo com os acionistas privados para comprar parte da participação deles e ficar com 72,5% da TAP, conseguindo o controle”, disse Leão a jornalistas.

A aquisição dos 22,5% da empresa custou 55 milhões de euros ao governo, afirmou o ministro. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, destacou que “felizmente” a nacionalização da TAP foi evitada. Na prática, porém, o governo controlará a companhia, que ficará com apenas um sócio privado, o português Humberto Pedrosa.

Os resultados da TAP estavam ruins mesmo antes de covid-19. A última vez que a companhia teve lucro foi em 2017 (21,2 milhões de euros). Depois registrou prejuízos em 2018 (118 milhões de euros) e no ano passado (105,6 milhões).

Os acionistas privados da TAP que se desfizeram de sua participação são a companhia aérea brasileira Azul e seu controlador, David Neeleman. A Azul detinha, indiretamente, 6% de participação, pela qual recebeu cerca de R$ 65 milhões.

A companhia brasileira também detinha títulos da TAP no valor de 90 milhões de euros, com vencimento em 2026, que poderiam ser convertidos em participação. Com o acordo fechado nesta semana, acaba o direito à conversão e a Azul fica apenas como credora da TAP.

Segundo o vice-presidente financeiro da Azul, Alexandre Malfitani, os cerca de R$ 65 milhões que a Azul receberá do governo português deverão ser usados para reforçar o caixa da empresa, que também enfrenta dificuldades decorrentes da pandemia./ COLABOROU LUCIANA DYNIEWICZ

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