As bolsas de Nova York fecharam na maioria em alta nesta quarta-feira, 1º, porém sem sinal único. Notícias de avanços na busca por uma vacina eficiente contra a covid-19 animaram investidores, mas continuou a haver atenção para o risco de novas ondas da doença, prejudicando a retomada econômica. Além disso, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) renovou o compromisso de apoiar o quadro e também mencionou a bonança recente do mercado acionário americano, na ata de sua última reunião.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,30%, em 25.735,45 pontos, o Nasdaq subiu 0,95%, a 10.154,63 pontos, renovando a máxima histórica de fechamento, e o S&P 500 avançou 0,50%, para 3.115,93 pontos.
Com o setor de serviços de comunicação em destaque, o Nasdaq atingiu o recorde de fechamento mesmo em meio a dúvidas sobre a retomada econômica. O índice tem sido apoiado também pela força de ações de tecnologia, com a percepção de que essas empresas podem lidar melhor com as mudanças sociais decorrentes da pandemia, mantendo seus lucros. Hoje, Amazon se destacou com alta de 4,35%, Alphabet subiu 1,69%, Facebook ganhou 4,62% e Microsoft, 0,58%, mas Apple caiu 0,19%.
Notícias de avanços nas pesquisas por duas vacinas para o novo coronavírus, uma que tem a Pfizer entre os responsáveis e outra da Universidade Oxford, ajudaram o humor dos investidores. As notícias de riscos à atividade por uma segunda onda da covid-19, porém, continuaram no radar.
Além disso, o Fed reafirmou que manterá o apoio, no quadro atual, sem pressa alguma de elevar os juros. O NatWest disse que a ata da reunião de 9 e 10 de junho mostrou que os dirigentes do BC americano debateram possíveis instrumentos para avançar nesse apoio, entre eles uma possível diretriz (“forward guidance”) mais estrita para a política monetária.
Já o presidente americano, Donald Trump, prometeu um anúncio em breve sobre salários mínimos, sem detalhar, e se mostrou mais contente com a atuação do banco central americano. Em sua ata, o Fed apontou que os preços das ações têm sido apoiados atualmente pela expectativa de avanços nos lucros da empresas em 2021, pelos juros baixos e pelo “sentimento de risco positivo”.
Por Gabriel Bueno da Costa
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