O Senado americano realizou a primeira sessão para discutir o impeachment do presidente Donald Trump, na terça-feira (22), com uma violenta discussão sobre as regras do julgamento. Os republicanos, que têm maioria, planejaram um processo relâmpago que pode acabar em uma semana. Os democratas reclamam que não há um acordo para que novas testemunhas deponham.
O líder republicano Mitch McConnell propôs limitar o debate a 48 horas. A oposição democrata teria 24 horas para apresentar seus argumentos, divididas em três dias. A defesa do presidente teria o mesmo tempo para contrapor-se à acusação. Em seguida, os senadores terão 16 horas para fazer perguntas às partes por escrito, pois é proibido falar durante o julgamento. O juiz John Roberts, presidente da Suprema Corte, que é também o supervisor do processo, as lerá em voz alta.
Depois dessa fase, haveria quatro horas de debate para cada parte argumentar a favor ou contra a inclusão de novas testemunhas, o pedido de mais material ou provas. Se a maioria republicana rejeitar os pedidos, o julgamento já passaria à deliberação (a portas fechadas ou abertas) e à votação do veredito final, razão pela qual talvez não dure muito mais que uma semana.
Trump é acusado de abuso de poder por ter pressionado o governo da Ucrânia a investigar o pré-candidato presidencial democrata, Joe Biden. A pressão passou pelo congelamento de quase US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,685 bilhão) de ajuda militar que o Congresso havia prometido ao governo em Kiev, em guerra com os separatistas pró-russos no leste do país. Trump também está sendo julgado por ter obstruído as investigações do Congresso sobre o caso, recusando-se a entregar documentos e proibindo que membros de seu governo depusessem.
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