Em meio a uma pandemia ainda forte e após semanas de protestos sobre a desigualdade racial, o presidente norte-americano, Donald Trump, realizará um ato com milhares de apoiadores em Oklahoma neste sábado (20), em um esforço para revigorar sua campanha de reeleição eleitoral.
Trump foi criticado por suas respostas ao coronavírus e à morte de George Floyd, um homem negro que morreu sob custódia da polícia de Mineápolis.
Ele atraiu mais críticas por sua decisão de realizar seu primeiro comício desde que escolas e empresas foram fechadas em março para impedir a disseminação de coronavírus em Tulsa, o local dos mais sangrentos surtos de violência racista contra negros norte-americanos há cerca de 100 anos.
Oklahoma registrou um aumento nas novas infecções por covid-19 nos últimos dias, e o Departamento de Saúde do Estado alertou que os participantes no local do BOK Center, com 19.000 lugares, enfrentam um risco maior de pegar o vírus.
O presidente republicano está atrás do candidato presidencial democrata à Presidência, o ex-vice-presidente Joe Biden, em pesquisas sobre as eleições de novembro.
Os apoiadores estão encantados em ver Trump de volta à campanha, e aqueles que querem participar superam em muito o número de assentos disponíveis, disseram funcionários da campanha do republicano.
Mike Boatman, 52, disse que chegou a Tulsa do sul de Indiana na segunda-feira para garantir sua vaga.
“Mais de um milhão de ingressos estão sendo solicitados para isso, então eu queria estar aqui cedo”, disse Boatman. “Isso não é nada. Quero dizer, o que nosso presidente faz por nós todos os dias, ele se sacrifica por nós, todos nós, não importa quem somos, se somos negros, brancos, asiáticos, amarelos.”
A divisão racial do país continua sendo uma vulnerabilidade política. A reação de “lei e ordem” de Trump aos protestos provocados pela morte de Floyd o colocou em choque com a opinião da maioria dos norte-americanos