A escolha de Bruno Funchal para o cargo de secretário do Tesouro Nacional, no lugar de Mansueto Almeida, foi bem recebida ontem por economistas. “Em primeiro lugar, provavelmente houve um aval do Mansueto para a escolha dele. Em segundo, Funchal já fazia parte do Ministério da Economia e já sabe qual é a linha de gestão da política econômica e fiscal. E, terceiro, ele tem experiência na área fiscal, por ter sido secretário do Espírito Santo, um dos estados que está com as contas em ordem”, disse o economista-chefe da Austin Ratings, Alex Agostini.
Para Agostini, mesmo com a saída de Mansueto, o principal fiador da atual política fiscal continua sendo o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Independentemente de quem entra, vai seguir o que Guedes determina, e ele já reforçou que continua”, disse o economista da Austin. “A preocupação que havia com a saída do Mansueto era se poderia haver algo mais, como uma saída do Paulo Guedes.”
O nome do novo secretário do Tesouro também foi elogiado pelo diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal, Felipe Salto, que viu como ponto positivo a formação “técnica” de Funchal. “Gostei da indicação do Bruno Funchal para a Secretaria do Tesouro. Não o conheço profundamente, mas tive contato com ele no Espírito Santo quando ele era secretário da Fazenda do Estado no lugar da Ana Paula Vescovi. Ele é bastante técnico e tem uma boa formação”, disse Salto.
Salto também considerou importante o fato de a troca ter sido anunciada rapidamente, logo depois de Mansueto confirmar a intenção de deixar o governo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por André Ítalo Rocha e Francisco Carlos de Assis
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