Os cinco terminais portuários concedidos à iniciativa privada durante leilão da B3, nesta quarta-feira, tiveram poucos interessados. Quatro dos cinco empreendimentos arrematados tiveram apenas um proponente. Ao todo, os terminais somam cerca de R$ 1 bilhão de investimentos e geraram R$ 2,7 milhões em outorgas.
O terminal PAR09, localizado no Porto de Paranaguá (PR), com investimento previsto de R$ 910 milhões, foi arrematado pelo fundo Q-PAR09, único proponente. A instituição financeira ofereceu uma outorga de R$ 615,8 mil. O contrato do terminal dedicado à movimentação e à armazenagem de granéis sólidos de origem vegetal é de 35 anos.
A AC Vita Serviços de Armazenagem levou o terminal RIG71, no Porto de Rio Grande (RS), por R$ 1 milhão. A previsão de investimentos do empreendimento é de R$ 27 milhões para contrato de dez anos. Ele é dedicado à movimentação e à armazenagem de granéis sólidos vegetais, principalmente arroz. O lote teve apenas um proponente
Duas áreas localizadas no Porto de Porto Alegre foram concedidas no leilão: POA02 e POA11, ambas com contratos de dez anos e destinadas à movimentação e à armazenagem de granel sólido vegetal. A corretora Serra Morena arrematou o terminal POA02 por R$ 2 mil. A previsão de investimentos é R$ 16,5 milhões. O POA11 foi arrematado pela Unifertil por R$50 mil. A previsão de investimentos é R$ 5 milhões Ambos os terminais tiveram apenas um proponente cada.
O terminal MAC15, no Porto Organizado de Maceió (AL) foi o único do leilão que teve mais de uma proposta. A Intermarítima Portos e Logística arrematou o empreendimento por R$ 1 milhão. A Braskem também participou da disputa, com oferta de outorga de R$ 700 mil.
O contrato do terminal em Alagoas tem prazo de cinco anos e a previsão é de investimentos de R$ 7,2 milhões. O empreendimento é dedicado a atender principalmente a demanda de sal a granel para as unidades industriais da Braskem.
O terminal VDC04, no porto de Vila Conde (PA), previsto para este certame, foi retirado do leilão.
Em nota, a assessoria da Antaq informou que, “devido a formalidades de atualizações de cálculo”, a agência “decidiu estabelecer um período de consulta pública para análises” antes de levar o terminal a leilão.
Por Ana Rita Cunha, especial para a AE
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