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Em 2022, 40% das estatais dos Estados registraram prejuízo, aponta relatório do Tesouro

Em 2022, 40% das estatais estaduais tiveram prejuízo, revela a 5ª edição do Raio X das empresas dos Estados brasileiros, painel divulgado pelo Tesouro Nacional com informações de 292 empresas controladas pelos governos regionais. Foram 116 empresas que fecharam 2022 no vermelho, um avanço em relação a 2021, quando 37% das estatais, ou 112 companhias, tiveram resultado negativo.

“Ao se analisar especificamente as empresas não dependentes, tem-se que 29% delas tiveram perdas financeiras. Esse valor passa para 54% se considerarmos apenas as estatais dependentes”, diz o relatório do Tesouro divulgado nesta segunda-feira, 11.

O documento também traz a análise do resultado das estatais estaduais por segmento empresarial. O maior lucro em 2022 foi obtido pelas companhias do setor de energia, que auferiram R$ 9,5 bilhões.

Na sequência, os melhores resultados foram de saneamento, com lucro de R$ 7,5 bilhões e do setor financeiro, que ganhou R$ 3,2 bilhões.

Por outro lado, o pior resultado do período foi registrado pelo setor de transporte, com prejuízos de R$ 8,2 bilhões. “Cabe destacar que esse setor é deficitário especialmente por causa das companhias de metrô”, diz o documento. Outro setor com prejuízo foi o de Habitação e Urbanização, que teve cerca de R$ 222 milhões em perdas.

De acordo com o relatório, a quantidade de estatais dependentes com rentabilidade negativa (44%) é maior do que a das estatais não dependentes (27%). O Tesouro pondera que há diversos fatores que podem implicar nesse resultado.

“O fato de as estatais dependentes apresentarem piores resultados pode ser um indicativo de que, de modo geral, a gestão das estatais não dependentes é melhor. No entanto, uma outra explicação para esse resultado pode estar associada ao fato de que alguns setores de serviços essenciais são predominantemente dependentes e possuem a finalidade associada ao atendimento de políticas públicas e não de lucro”, diz o texto.

Das 292 empresas controladas pelos Estados, 254 estão em situação ativa e 38 em fase de liquidação.

Por Fernanda Trisotto

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