A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma, em comunicado divulgado neste sábado, que civis, pacientes e trabalhadores de saúde na Faixa de Gaza “passaram a noite na escuridão e com medo”. Durante uma noite de “intenso bombardeio e incursão por terra” das forças de Israel, a população civil “tem sido sujeita a um blecaute total de comunicação e elétrico”.
Na nota veiculada no X (ex-Twitter), a OMS “reitera seus pedidos por um imediato cessar-fogo humanitário”, e lembra as partes envolvidas de que precisam tomar todas as precauções para proteger civis e a infraestrutura civil. “Isso inclui trabalhadores de saúde, pacientes, instalações de saúde e ambulâncias, bem como civis que se abrigam nessas instalações”, afirma o braço da Organização das Nações Unidas na saúde. Ela pede “medidas ativas” para garantir que civis não sejam feridos e que possa haver a passagem segura para “suprimentos médicos, combustível, água e alimentos desesperadoramente necessários” para a Faixa de Gaza.
A OMS diz que relatos de bombardeios perto dos hospitais Indonesia e Al Shifa são “gravemente preocupantes”, e reitera que é impossível retirar os pacientes sem ameaçar suas vidas. Os hospitais de Gaza já operam com capacidade máxima, “graças aos feridos em semanas de bombardeio incessante”, e não conseguem absorver a alta “dramática” no número de pacientes, enquanto abrigam milhares de civis, detalha.
As equipes de saúde enfrentam a queda nos suprimentos para atuar, sem local para novos pacientes nem meios para aliviar a dor dos feridos. “Há mais feridos a cada hora. Mas as ambulâncias não conseguem chegar a eles, no blecaute de comunicações. Os necrotérios estão lotados. Mais da metade dos mortos são mulheres e crianças”, afirma a OMS.
A organização diz que não tem conseguido se comunicar com sua equipe em Gaza, problema que também ocorre com outras agências. De qualquer modo, afirma diz que tenta colher informações sobre o impacto geral entre os civis e para os cuidados de saúde.
“A OMS apela à humanidade de todos os que têm poder para encerrar a luta agora, em linha com a resolução da ONU adotada ontem, pedindo um cessar-fogo humanitário, bem como a liberação imediata e incondicional de todos os civis capturados”, conclui o comunicado.
Por Gabriel Bueno da Costa
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