A mineradora Vale informou nesta quarta-feira, 18, ter concluído as obras de descaracterização de mais uma barragem a montante, o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, em Itabira, Minas Gerais. A empresa comunicou que, desde a tragédia de Brumadinho, já eliminou 13 de suas estruturas construídas a montante no País, sendo seis delas em Itabira.
A eliminação das barragens a montante pela Vale tem como objetivo evitar novos rompimentos como o ocorrido em 25 de janeiro de 2019 em Brumadinho, em Minas Gerais, que deixou centenas de mortos e um rastro de destruição ambiental.
“Com isso, a empresa atinge a conclusão de mais de 40% das 30 estruturas previstas para serem eliminadas no Programa de Descaracterização, por terem sido construídas pelo mesmo método da barragem de Brumadinho”, informou a Vale, em nota. “O Dique 2 não recebia rejeitos desde 2019 e as obras de descaracterização geraram cerca de 200 empregos, diretos e terceirizados, priorizando a contratação de mão de obra local.”
A empresa informa que, desde o ano da tragédia, foram investidos cerca de R$ 6,2 bilhões no Programa de Descaracterização da Vale.
“As obras são complexas, trazem riscos e, por isso, as soluções são customizadas para cada estrutura. O processo é realizado de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente”, diz o comunicado da mineradora.
Das 13 barragens a montante já eliminadas, dez ficavam em Minas Gerais (barragem 8B, Dique Rio do Peixe, barragem Fernandinho, Diques 2, 3, 4 e 5 da barragem Pontal, Dique Auxiliar da barragem 5 e as barragens Ipoema e Baixo João Pereira) e três no Pará (Diques 2 e 3 Kalunga e barragem Pondes de Rejeitos).
“Todas as barragens a montante da empresa no Brasil e as ações implementadas nessas estruturas são objeto de avaliação e acompanhamento pelas equipes técnicas independentes, que fazem parte de Termo de Compromisso firmado com os Ministérios Públicos Estadual e Federal e com o Estado de Minas Gerais, representado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). A eliminação de estruturas construídas a montante é um compromisso da Vale, além de ser uma exigência legal”, explicou a empresa.
Por Daniela Amorim
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