Press "Enter" to skip to content

Bombardeio russo mata família inteira na Ucrânia, incluindo bebê de 23 dias

Sete pessoas, incluindo um bebê recém-nascido, foram mortas em um bombardeio russo na região de Kherson, no sul da Ucrânia, neste domingo, 13, informou o Ministério do Interior. O bombardeio no vilarejo de Shiroka Balka, às margens do rio Dnieper, matou uma família – marido, esposa, um menino de 12 anos e uma menina de 23 dias – e outro morador. E dois homens foram mortos na aldeia vizinha de Stanislav, onde uma mulher também foi ferida.

O ataque à província de Kherson seguiu-se aos comentários da vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, no sábado, tentando conter os rumores de que as forças ucranianas haviam desembarcado na margem esquerda ocupada do rio Dnieper. O governador regional de Kherson, Oleksandr Prokudin, disse no domingo que três pessoas ficaram feridas em ataques russos na província, no sábado.

Oficiais militares ucranianos disseram na noite de sábado que as forças de Kiev fizeram progresso no sul, reivindicando algum sucesso perto de uma vila importante na região de Zaporizhzhia, e capturando outros territórios não especificados.

O Estado-Maior da Ucrânia disse que teve “sucesso parcial” em torno da área taticamente importante de Robotyne, na região de Zaporizhzhia, um ponto forte russo que a Ucrânia precisa retomar para continuar avançando para o sul. “Existem territórios libertados. As forças de defesa estão trabalhando”, disse o general Oleksandr Tarnavskyi, comandante das forças do sul da Ucrânia.

Nas últimas semanas, ocorreram batalhas em vários pontos ao longo da linha de frente da guerra, de mais de mil quilômetros, enquanto a Ucrânia trava uma contraofensiva com armas fornecidas pelo Ocidente e tropas treinadas, também pelo Ocidente, contra as forças russas – que invadiram o país há quase 18 meses.

As tropas ucranianas, no entanto, obtiveram apenas ganhos incrementais desde o lançamento da contraofensiva, no início de junho. Enquanto isso, um navio de guerra russo disparou, neste domingo, tiros de advertência contra um cargueiro de bandeira de Palau, no sudoeste do Mar Negro.

De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, o Sukru Okan estava indo para o norte, para o porto ucraniano de Izmail, no rio Danúbio. “O capitão do cargueiro não atendeu ao pedido de parada para fiscalização do transporte de mercadorias proibidas. Para forçar o navio a parar, foi aberto fogo de advertência com armas leves automáticas, a partir de um navio de guerra russo”, disse.

Segundo o ministério, o navio parou mais tarde e permitiu o embarque de uma equipe de inspeção. Quatro semanas atrás, Moscou retirou-se de um importante acordo de exportação que permitia à Ucrânia enviar milhões de toneladas de grãos por meio do Mar Negro para venda nos mercados mundiais. Após essa retirada, a Rússia realizou repetidos ataques a portos ucranianos, incluindo Odesa, e declarou amplas áreas do Mar Negro como inseguras para o transporte marítimo.

Na Rússia, autoridades locais informaram no domingo que os sistemas de defesa aérea derrubaram três drones sobre a região de Belgorod e um sobre a região vizinha de Kursk, ambas na fronteira com a Ucrânia. Os ataques de drones ucranianos nas regiões fronteiriças russas são uma ocorrência bastante regular.

Nas últimas semanas, os ataques aumentaram tanto em Moscou quanto na Crimeia, região que a Rússia anexou da Ucrânia em 2014 – uma medida que a maior parte do mundo considerou como ilegal. Disparar drones contra a Rússia, depois de mais de 17 meses de guerra, tem pouco valor militar, mas a estratégia serviu para desestabilizar os russos e trazer para eles as consequências do conflito.

Grupo mercenário

O grupo mercenário Wagner desempenhou um papel fundamental na campanha militar da Rússia, mas existe uma “possibilidade realista” de que o Kremlin não esteja mais fornecendo financiamento, segundo autoridades de defesa britânicas. Em seu último briefing de inteligência, o Ministério da Defesa disse acreditar que Wagner estava “provavelmente caminhando para um processo de redução de tamanho e reconfiguração” para economizar dinheiro, e que o Kremlin “agiu contra alguns outros interesses comerciais” do chefe de Wagner, Yevgeny. Prigozhin.

Os funcionários avaliaram que as autoridades bielorrussas eram os “segundos pagadores mais plausíveis”. Milhares de combatentes de Wagner chegaram à Bielo-Rússia, aliada da Rússia, sob um acordo que encerrou sua rebelião armada no final de junho, e permitiu que eles e Prigozhin evitassem acusações criminais.

Por Redação, O Estado de S. Paulo

Be First to Comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *