O Estado do Rio de Janeiro largou na frente e anunciou nesta sexta-feira, 21, que fará o primeiro projeto-piloto para testar a viabilidade da implantação de usinas eólicas offshore no Brasil, informou a Secretaria de Estado de Energia e Economia do Mar, coordenadora do projeto. Na quarta-feira, 19, a secretaria reuniu lideranças de mais de 20 empresas e associações dos segmentos de óleo e gás, logística portuária, geração de energia e indústrias para discutirem a criação do modelo na região Norte do Estado.
“O projeto-piloto é imprescindível para a avaliação, dentro de um ambiente controlado, de fatores como a viabilidade tecnológica, a redução de custos e as potencialidades do Estado para o desenvolvimento de projetos em larga escala”, disse o secretário de Energia e Economia do Mar, Hugo Leal, durante apresentação do projeto. Para Leal, o projeto é também um passo para a produção de hidrogênio de baixo carbono no Estado.
Ele informou que será possível fazer a medição dos ventos, verificar a capacidade de geração de energia, o desempenho das turbinas, assim como questões relacionadas à fauna e à flora marinhas. Uma das pautas prioritárias do Grupo de Trabalho, segundo a secretaria, é a questão regulatória. “A equipe técnica auxiliará e acompanhará o desenvolvimento de projetos que hoje tramitam no Congresso Nacional”, ressaltou.
A regulação das usinas eólicas offshore foi feita por meio de decreto no governo anterior, mas ainda não foi regulamentado. Em paralelo, um Projeto de Lei do então senador Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras, também tramita no Congresso com a mesma finalidade.
Para o subsecretário técnico de Energia e Economia do Mar, Felipe Peixoto, o Rio de Janeiro reúne diversos fatores que colocam o estado em vantagem competitiva com outras regiões do País. “Temos enorme potencial para a geração de energia limpa. O Rio de Janeiro é o Estado com a terceira maior costa do País, são 636 quilômetros. Temos ventos constantes e experiência em offshore acumulada ao longo de 50 anos com a indústria de óleo e gás, além de infraestrutura portuária”, afirmou Peixoto.
Por Denise Luna
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