O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli morreu nesta quinta-feira (29), em Belo Horizonte (MG), aos 86 anos. Ele estava hospitalizado há um mês no Hospital Madre Tereza por complicações renais e no aparelho respiratório, após uma intervenção cirúrgica para a implantação de uma prótese no quadril, segundo fontes próximas à família.
Natural de Bambuí (MG) e agrônomo formado em Lavras, Paolinelli foi ministro da Agricultura no governo de Ernesto Geisel, de 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979. Anteriormente, em 1971, foi secretário de Agricultura de Minas Gerais e é considerado um dos responsáveis pela liderança no Estado na produção cafeeira. De 1987 a 1991, foi deputado constituinte por Minas Gerais. Também já foi presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), de 1987 a 1990.
O ex-ministro foi indicado ao Nobel da Paz em 2021 e 2022 pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) em virtude de seu trabalho para “tropicalização da agricultura” e pelo desenvolvimento da agricultura e pecuária no Cerrado. Paolinelli é reconhecido na agropecuária brasileira pela introdução de novas tecnologias no campo, que levaram ao aumento da produção agrícola brasileira.
Paolinelli foi um dos fundadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e trabalhou na modernização da estatal como ministro. Em 2006, ele ganhou o prêmio World Food Prize, conhecido como o Nobel da alimentação, por ter liderado o processo de implantação da agricultura tropical sustentável no Brasil.
Atualmente, Paolinelli era presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), presidente do Instituto Fórum do Futuro e embaixador da Boa Vontade nos temas de Gênero e Juventude Rural do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
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