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Rui Costa: Prorrogar programa de automóveis foi brincadeira de Lula

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quinta-feira, 15, que o governo Lula não tem planos de ampliar o programa emergencial para o setor automotivo. Segundo ele, o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante reunião ministerial, para que a medida fosse prorrogada foi feito em tom de “brincadeira”. Costa falou com a imprensa após o fim do encontro que durou cerca de nove horas e meia no Palácio do Planalto.

“Não é plano do governo. É admirável a energia (do presidente). Ele fez uma brincadeira quando foi feito relato por Alckmin de que programa estava tendo sucesso, ele fez uma brincadeira, não está no planejamento do governo”, respondeu Costa ao ser questionado sobre a declaração de Lula.

Balanço divulgado ontem pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Midc) mostrou que, do montante de R$ 1,5 bilhão de crédito disponibilizado, R$ 340 milhões já foram solicitados pelo setor. Dessa parcela, R$ 150 milhões servirão para os bônus aplicados aos carros, que têm um subsídio total de R$ 500 milhões. A medida está em vigor há menos de duas semanas.

Nesta quarta-feira, 14, ao ser questionado, Haddad disse que não haveria margem para ampliar os créditos para montadoras de veículos leves, que já pedem mais recursos, além dos R$ 500 milhões reservados para automóveis.

O ministro da Casa Civil avaliou ainda que o “sucesso” do programa mostra que, se o governo der condições de crédito a população e baixar os custos financeiros, o consumo e a Indústria no País vão voltar. “Com pequeno estímulo que governo deu, resultado já foi expressivo”, disse Costa.

O ministro ainda destacou o relato dos presidentes de bancos públicos que participaram da reunião, como o Banco do Brasil e Caixa, que, segundo Costa, estudam formas de viabilizar crédito mais barato para atender a parcela mais pobre, além do Banco do Nordeste, que quer aumentar o microcrédito para irrigar a economia, disse o ministro, citando o presidente do BNB, Paulo Câmara.

Por Amanda Pupo, Eduardo Gayer e Sofia Aguiar

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