A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, registrou lucro líquido de R$ 156,4 milhões no primeiro trimestre de 2020, aumento de 40,4% em comparação a igual período de 2019, conforme release de resultados divulgado nesta quinta-feira.
Segundo a companhia, a diferença entre os valores se deve principalmente a mudanças no cálculo do valor justo do ativo biológico da soja da safra 2018/19. “Conforme comentado no release do 1T19, após o cálculo da Variação do Valor Justo do Ativo Biológico da soja da safra 2018/19, houve melhoria nos preços e na produtividade da cultura, fazendo com que a Variação do Valor Justo subestimasse o resultado dessa cultura naquele ano”, disse a SLC Agrícola no documento.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recuou 19,9%, para R$ 182,8 milhões, em decorrência do menor volume faturado de soja no primeiro trimestre deste ano, e da menor margem (de lucro) do algodão faturado, em comparação aos três primeiros meses do ano passado.
De acordo com o release de resultados, a companhia comercializou no primeiro trimestre 339,4 mil toneladas de soja, ante 388,2 mil toneladas em igual intervalo de 2019. O lucro bruto obtido com o algodão em pluma no primeiro trimestre deste ano chegou a R$ 72,6 milhões, queda de 20,6% em relação a igual período do ano passado.
A receita líquida da companhia cresceu 2,2% nos três primeiros meses de 2020, para R$ 632,6 milhões, apesar da queda de 4,5% no volume faturado, segundo a SLC. No caso do algodão em pluma, produto que possui maior valor agregado, o volume faturado foi 22,9% superior ao do primeiro trimestre de 2019, somando 35,99 mil toneladas; em relação à soja, o volume faturado diminuiu 12,6% na comparação anual, totalizando 339,5 mil toneladas. Já o volume faturado de milho aumentou 70,7%, para 37,5 mil toneladas. Com exceção da soja, todas as culturas obtiveram aumento do preço unitário versus o mesmo trimestre do ano anterior, conforme a SLC Agrícola.
A SLC informou que concluiu o plantio das lavouras de milho segunda safra – 82,392 mil hectares, 7,7% a menos que na safra anterior – e de algodão – 125,49 mil hectares, 1,4% acima do ciclo anterior – da temporada 2019/20. No caso da soja, foram colhidos 235,444 mil hectares, recuo de 3,2% ante a temporada 2018/19. A companhia prevê produtividade, em quilos por hectare, 10,3% maior para a primeira safra de algodão, 7,4% superior para a segunda safra da pluma, 3,5% inferior para as lavouras de soja e 1,8% superior nas plantações de milho segunda safra.
Por Clarice Couto
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