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Após bater recorde, dólar fecha a R$ 5,40; Bolsa encerra aos 80 mil pontos

(Foto: Divulgação)

A moeda americana voltou a ter nova escalada nesta quarta-feira, 22, e fechou a R$5,40, com alta de 1,90%, após bater um novo recorde pela manhã. Já a Bolsa de Valores de São Paulo abriu as negociações em forte alta e retornou ao patamar dos 80 mil pontos. Como resultado, a B3 fechou com alta de 2,17%, aos 80.687,15 pontos.

Uma alta já era esperada na última segunda-feira, 20, antes do feriado, quando a moeda fechou em alta de em alta de 1,35%, cotada a R$ 5,30. Nesta quarta, o dólar já iniciou o pregão em alta de 0,2%, cotado a R$ 5,31. Momentos após, ele atingiu a máxima nominal – quando não se desconta a inflação -, de R$ 5,41. Nesse cenário, o movimento de apreciação também alcançou o euro, que bateu novo recorde nominal ao alcançar R$ 5,85.

A alta das moedas na sessão de hoje, pode ser vista como uma consequência direta da queda nos preços do petróleo. Elas ainda não haviam sido sentidas, pois o mercado brasileiro seguia no ritmo do feriado prolongado de Tiradentes, na última terça-feira, 21. Foi somente nesta quarta, que os investidores conseguiram precificar o tamanho das perdas.

Além desses fatores, é importante acrescentar que as incertezas perante as consequências para a economia do novo coronavírus, causador da covid-19, tem deixado os investidores em alerta – o que os leva a investir em ativos que sejam mais seguros. Isso leva a um aumento na procura do dólar e sua consequente diminuição no mercado, aumentando os preços.

No entanto, mesmo com a escalada, o mercado conseguiu recuperar as perdas dos últimos pregões nesta quarta. A Bolsa já abriu em alta pela manhã, aos 78.064,86 pontos – na máxima do dia, ela subia aos 81.200,52 pontos. Vale lembrar que na última segunda, o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, fechou aos 78,9 mil pontos, uma queda leve de 0,02%.

​Petróleo
Desde o começo da crise do novo coronavírus, um choque de demanda começou a pressionar os preços do petróleo. As produções caíram e os carros quase não circulam, ou seja, há um menor consumo de combustível. Como consequência, os estoques se acumulam e os preços caem, já que o ativo se desvaloriza.

Vale lembrar que na última segunda, 20, o WTI para maio, cujos contratos expiraram já na última terça-feira, 21, foram negociados a US$ 37,63 negativo – uma queda superior a 300%. Foi a primeira vez que o barril chegou a ser negociado em terreno negativo, o que significa que os fornecedores estão sendo pagos para ficar com o ativo.

Após as quedas dos últimos dias, o WTI para junho, referência no mercado americano, sobe 19% nesta quarta, a US$ 13,78 o barril. Já o Brent para junho, referência no mercado europeu, também tem um leve movimento de alta e avança 5,4%, a US$ 20,4 o barril. O resultado traz alívio, já que pela manhã, o ativo registrava tombo superior a 15%, caindo à cotação mais baixa desde 1999.

Mercados internacionais

Os mercados da Ásia tiveram um dia de ganhos modestos nesta quarta. Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,60% nesta quarta, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,05%. Em outras partes do continente o sul-coreano Kospi se valorizou 0,89% em Seul, enquanto o Hang Seng subiu 0,42% em Hong Kong e o Taiex registrou modesto ganho de 0,19% em Taiwan. Na Coreia do Sul, a Bolsa se recuperou no fim da sessão, depois de o governo anunciar um novo pacote fiscal com o objetivo de aliviar os danos ligados ao coronavírus. Por outro lado, o japonês Nikkei caiu 0,74% em Tóquio. Já na Oceania, o mercado australiano ficou praticamente estável, com o S&P/ASX 200 fechando em queda de 0,10 ponto em Sydney. / SILVANA ROCHA, LUCIANA XAVIER, SERGIO CALDAS, NICHOLAS SHORES E FELIPE SIQUEIRA

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