O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, acredita que, passada a crise, o setor de infraestrutura ganhe mais relevância e volte a atrair o investimento. Está mantida, portanto, a agenda de privatizações, como da Eletrobras e Correios. Da mesma forma, o cronograma de venda de estatais de saneamento básico, que está em andamento nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá e Rio de Janeiro. “Haverá, sim, apetite de investidores para infraestrutura no pós-crise”, disse Montezano, acrescentando que não é possível, porém, calcular o “grau do apetite”, diante da retração da riqueza no mundo.
Para fazer frente aos desafios, o BNDES vai se concentrar nas ações de enfrentamento da crise. Com isso, sua atuação como credor deverá sofrer transformações, disse Montezano. A estratégia é segurar o caixa, reter liquidez, para atuar no que chamou de “segunda onda”, de reconstrução da economia. Segundo ele, não está em discussão nenhum repagamento ao Tesouro Nacional.
“Assim que o mercado tiver um horizonte mais claro, vamos voltar à nossa agenda”, acrescentou.
Por Fernanda Nunes e André Ítalo Rocha
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