Em meio a uma crise econômica de profundidade e duração ainda imprevisíveis, o homem mais rico do mundo está ficando mais rico ainda. Jeff Bezos, o presidente executivo e fundador da Amazon, acumula atualmente US$ 143,1 bilhões em sua fortuna, de acordo com números da revista americana Forbes divulgados ontem.
Durante a semana, a varejista de Bezos chegou a um valor recorde em suas ações durante a quinta-feira, quando encerrou o pregão da bolsa de valores Nasdaq com papéis cotados a US$ 2.408,19. Ontem, as ações caíram um pouco, indo para a casa de US$ 2.375, mas ainda deixam Bezos em um final de semana bem feliz, enquanto muita gente amarga desemprego e reduções salariais.
Só nos EUA, mais de 17 milhões de pessoas perderam o emprego em três semanas. Para bancos como o JP Morgan e o Wells Fargo, a crise atual pode superar a de 2008 em termos de desemprego. Mas a Amazon de Bezos está indo bem na crise: com lojas fechadas, mais e mais consumidores recorrem aos serviços da varejista em todo o mundo, recebendo produtos básicos diretamente em casa. Ao longo deste ano, Bezos já adicionou quase US$ 29 bilhões à sua fortuna por conta das valorizações da empresa.
Sua ex-mulher, Mackenzie Bezos, que tem cerca de 4% das ações da Amazon, teve ganhos ainda maiores, com uma fortuna de US$ 8,2 bilhões saltar para US$ 46,6 bilhões. Ela é hoje a 17ª pessoa mais rica do mundo, à frente, por exemplo, do chinês Jack Ma, fundador do Alibaba. Nas últimas semanas, a Amazon anunciou 175 mil novas contratações nos EUA para dar conta da demanda dos consumidores pelas entregas em suas residências.
Já a família Walton, que controla o Walmart, também ganhou em meio à crise: juntos, os herdeiros de Sam Walton têm uma fortuna de US$ 169 bilhões, com alta de 5% na comparação com o início da semana. (Com agências internacionais)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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