As usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, instaladas no litoral do Rio de Janeiro, operaram em 2019 com os maiores fatores de capacidade entre as usinas geradoras do Brasil, informou a Eletronuclear nesta sexta-feira, 10. A geração das duas usinas atingiram 98,21% (Angra 1) e 89,38% (Angra 2), considerado pela estatal “um exemplo do bom ano da central nuclear de Angra”.
No total, as usinas geraram 16.128.826 megawatts-hora (MWh), o suficiente para abastecer, com sobra, os estados de Goiás ou de Pernambuco.
“A ótima performance foi capitaneada por Angra 1, que bateu seu recorde de produção, gerando 5.546.164 MWh. Com isso, superou sua melhor marca anterior, registrada em 2012 (5.395.561 MWh)”, informou a Eletronuclear em nota.
Angra 2 produziu 10.582.662 megawatts-hora (MWh) e operou durante 329 dias sincronizada ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
O bom desempenho das usinas acontece em um momento em que o mercado aguarda a licitação para a construção da terceira usina nuclear brasileira, Angra 3, que teve as obras interrompidas pela Operação Lava Jato. Foram identificados casos de corrupção que levaram à prisão do presidente da Eletronuclear na época (2016), almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, condenado a 43 anos de prisão.
Em novembro, o ministro de MInas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o modelo de conclusão das obras da usina, que está sendo preparado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Programa de Parceria de Investimentos (PPI) seria divulgado “em semanas”, mas até o momento, nada foi apresentado.
Por Denise Luna
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