O setor de petróleo registrava até o dia 14 de abril, 132 casos confirmados de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus (covid-19), sendo que 74 tiveram acesso a plataformas marítimas de exploração e produção, segundo informação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Até o momento não foi registrado nenhum óbito, segundo a agência.
Maior petroleira do País, a Petrobras tem se negado a informar o número de infectados na empresa desde quando informou que haviam 17 funcionários contaminados pelo coronavírus. Agora a companhia alega proteção à privacidade dos seus empregados.
No dia 9 de abril, a Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo informou que uma plataforma operada pela SBM a serviço da Petrobras desembarcou pelo menos 53 empregados infectados pelo coronavírus.
Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, no final de março, o presidente da Abespetro, associação que reúne as prestadoras de serviço do setor de petróleo, Adyr Tourinho, já alertava para o risco de contaminação nas plataformas de petróleo, devido ao ambiente próximo das unidades e do transporte para acessá-las. Ele previa que poderia haver um “apagão” de mão de obra pela dificuldade de reposição dos empregados e consequente queda de produção.
Fiscalização
Segundo a ANP, nas plataformas de petróleo a orientação é de que haja desembarque dos empregados com sintomas ou qualquer pessoa que teve contato com os casos confirmados. Se não houver condições de manter a operação segura com um efetivo mínimo, a agência determina a parada da produção.
A agência responsável pela fiscalização do setor informou ainda, que as empresas vêm diminuindo muito o número de pessoas a bordo das plataformas para evitar a disseminação da covid-19, e estabelecendo procedimentos de contingência para manutenção das operações de forma segura e em conformidade com a regulação.
Por Denise Luna
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