O terceiro ciclo da Oferta Permanente arrecadou R$ 422,4 milhões para o governo, ágio de 854,8%, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), organizadora do leilão realizado em um hotel da zona oeste do Rio. Os investimentos totais previstos são de R$ 406,2 milhões nas áreas vendidas.
Ao todo, foram adquiridos 59 dos 379 blocos ofertados.
Grandes petroleiras compraram blocos sob o regime de concessão na bacia de Santos, como Shell, Ecopetrol e TotalEnergies. A Petrobras não participou do certame.
Outras petroleiras que estão em franco crescimento, como a 3R, Petroborn, Origem, NTF entre outras, participaram ativamente, focadas principalmente em áreas da região Nordeste.
Em discurso ao fim do leilão, o ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, destacou a presença de empresas brasileiras na disputa.
Segundo ele, são empresas que se consolidaram como produtoras de petróleo e gás natural e que, agora, buscam investir em exploração, atividade de maior risco e de maior oportunidade de retorno.
“Precisamos manter a oferta de áreas, por demanda do mercado”, disse Albuquerque, complementando que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou recentemente a inclusão de mais 11 áreas no polígono do pré-sal até o final do ano, no sistema de oferta permanente.
Ele acrescentou que, nas próximas semanas, o governo vai iniciar as reuniões de grupos de trabalho criados pelo Comitê Nacional de Política Energética (CNPE) envolvendo órgãos governamentais de energia e de meio ambiente, com a participação de indústria, para propor medidas que melhorem o planejamento do processo de oferta de áreas e de licenciamento ambiental.
Por Denise Luna e Bruno Villas Boas
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