O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a demissão do general Joaquim Silva e Luna da Petrobras em meio à crise dos combustíveis se deu para indicar alguém “mais profissional” para a estatal. “Um dos motivos principais é alguém mais profissional lá dentro, para poder dar transparência”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao Podcast Irmãos Dias.
“A Petrobras não usa seu marketing, ela não fala. O que eu falei aqui, era para a Petrobras estar falando. Agora, fica no meu colo. Tudo cai no meu colo. Eu não apito nada e cai no meu colo. Obviamente, é um ponto de desgaste enorme para mim”, acrescentou, reconhecendo, assim, o impacto do preço dos combustíveis para sua popularidade em ano eleitoral.
Irritado com o forte reajuste dos combustíveis anunciado pela Petrobras para cumprir a lei da paridade internacional no momento em que o barril de petróleo estava em alta no exterior, Bolsonaro decidiu tirar Silva e Luna – que havia sido indicado por ele mesmo – da chefia da empresa no último dia 28 de março.
Para o posto, o governo indicou o economista Adriano Pires, que depois declinou do convite por conflitos de interesse identificados pela própria Petrobras. Agora, a indicação do Executivo é José Mauro Ferreira Coelho. Ele deverá ser chancelado pela Assembleia Geral Ordinária da Petrobras na quarta-feira dia 13.
Ao longo da entrevista, Bolsonaro também voltou a criticar o ICMS cobrado pelos governadores sobre combustíveis, a atacar a paridade de preços da Petrobras com o mercado internacional. Também atribuiu à “corrupção nos governos petistas” a incapacidade do Brasil de refinar seu próprio petróleo, o que obriga o País a importar gasolina e diesel do exterior.
Por Eduardo Gayer
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