As bolsas de Nova York fecharam em território negativo, nesta sexta-feira, 3. Os índices continuaram a ser pressionados pela disseminação do coronavírus, em um dia também marcado pelo registro de um grande corte de vagas no mercado de trabalho americano em março. Além disso, notícias que podem afetar alguns setores estiveram em foco.
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,69%, em 21.052,53 pontos, o Nasdaq caiu 1,53%, a 7.373,08 pontos, e o S&P 500 teve baixa de 1,51%, para 2.488,65 pontos. Na comparação semanal, o Dow Jones caiu 2,70%, o Nasdaq perdeu 1,72% e o S&P 500 registrou queda de 2,08%.
Os futuros de Nova York já caíam antes do payroll, mas chegaram a reduzir as perdas após o dado, que mostrou crescimento do salário médio acima do esperado. A economia americana, porém, fechou 701 mil vagas em março, em um prenúncio de números piores no futuro próximo, advertiram analistas. No Estado de Nova York, houve o registro de mais 562 mortes por coronavírus, com os casos ultrapassando 100 mil.
Durante parte da sessão, a força do petróleo apoiou o setor de energia, mas algumas ações importantes entre essas perderam fôlego mais para o fim do dia: Chevron fechou em queda de 1,33% e ExxonMobil, de 2,95%.
No setor financeiro, Citigroup caiu 4,44% e Goldman Sachs cedeu 2,00%, mantendo-se em trajetória negativa mesmo após uma reportagem do Wall Street Journal informar a partir de fontes que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não deve pressionar os bancos americanos a suspender dividendos.
À tarde, os índices acionários pioraram, em meio ao noticiário sobre o coronavírus, que incluiu alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a gravidade do quadro. A Pantheon avalia que o mercado acionário de Nova York deve se estabilizar apenas quando “ver uma luz no fim do túnel” na questão da pandemia, mas não acredita que isso possa acontecer nas próximas duas semanas, diante da disseminação dos casos no país e na Europa.
Por Gabriel Bueno da Costa
Be First to Comment