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Bolsas de Ásia e Europa ensaiam recuperação após tombo de quarta, mas EUA ainda preocupam

(Foto: Divulgação)

Após tombos generalizados na última qurta-feira, 01º, os mercados asiáticos e europeus têm leve recuperação em seus respectivos índices. Porém, mesmo com um cenário ligeiramente positivo, a situação dos Estados Unidos, em que o presidente Donald Trump projetou, ao menos, 100 mil mortos por conta do avanço do novo coronavírus no país, causador da covid-19, ainda preocupa os investidores.

Este é mais um exemplo do efeito de “sobe e desce” que acomete o mercado nas últimas semanas. De forma quase que diária, mercados têm quedas generalizadas em um pregão, recuperam parte das perdas no dia seguinte, para terem recuos expressivos após isso. Como a recuperação dificilmente alcança o que foi perdido no dia anterior, as desvalorizações dos mercados internacionais vêm aumentando.

Mercados internacionais
Na Ásia, um setor que puxou as altas dos índices locais foi o petroleiro, em que as empresas impulsionaram o mercado com suas ações, em meio a esperanças de que Arábia Saudita e Rússia possam chegar a um acerto e encerrar sua “guerra de preços” do petróleo. Essa “guerra”, inclusive, vem durando algumas semanas, desde o início de março, e o preço da commodity cai a níveis mínimos desde então. Para se ter uma ideia, o petróleo chegou a custar menos de US$ 20 neste período.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 1,69%, a 2.780,64 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,26%, a 1.697,55 pontos. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng se valorizou 0,84% em Hong Kong, a 23.280,06 pontos, e o sul-coreano Kospi teve alta de 2,34% em Seul, a 1.724,86 pontos, mas o japonês Nikkei foi na contramão e recuou 1,37% em Tóquio, a 17.818,72 pontos, pressionado por ações financeiras e de montadoras. Em Taiwan, não houve negócios nesta quinta devido a um feriado local.

Na quarta, o presidente dos EUA, Donald Trump, se mostrou confiante de que Arábia Saudita e Rússia logo chegarão a um acordo para encerrar a prejudicial “guerra de preços” de petróleo. Em reação à fala de Trump, os futuros do petróleo chegaram a saltar mais de 10% durante a madrugada. Por outro lado, a rápida propagação do coronavírus nos EUA mantém investidores cautelosos.

Os casos de infecção nos EUA dobraram entre sexta-feira e quarta, para mais de 200 mil, mantendo o país numa indesejável posição de liderança no mundo. O impacto do coronavírus já começou a ser sentido na economia dos EUA, em especial no mercado de trabalho. Na manhã desta quinta, vai ser divulgada a pesquisa de pedidos de auxílio-desemprego, que provavelmente continuarão na casa dos milhões, após atingirem recorde na semana passada.

Na Oceania, a bolsa australiana também se esquivou do viés positivo da Ásia e encerrou o pregão no vermelho, após a Moody’s rebaixar a perspectiva do sistema bancário local de estável para negativa. O S&P/ASX 200 caiu 1,98% em Sydney, a 5.154,30 pontos, à medida que as ações de grandes bancos domésticos sofreram tombos de 3,8% a 5,6%.

Na Europa, o caminho é semelhante. As Bolsas do velho continente abriram o pregão desta quinta-feira em alta moderada, ensaiando uma recuperação das fortes perdas de quarta, mas investidores também continuam atentos ao avanço do coronavírus, em especial nos EUA. Também no radar está a pesquisa semanal de pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que deverão mais uma vez estar na casa dos milhões. Às 4h13, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres subia 0,52%, a de Frankfurt avançava 0,47% e a de Paris se valorizava 0,39%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 1,06%, 0,66% e 0,69%, respectivamente.

Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em alta que supera 10% na madrugada desta quinta-feira, após o presidente dos EUA, Donald Trump, prever ontem que Arábia Saudita e Rússia deverão fechar um acordo em breve e encerrar a guerra de preços das últimas semanas. Às 4h27 (de Brasília), o petróleo WTI para maio subia 9,26% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 22,19 o barril, enquanto o petróleo Brent para junho avançava 10,06% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 27,23 o barril.

Índices futuros das Bolsas de Nova York
Os índices futuros das Bolsas de Nova York operam em alta na madrugada desta quinta-feira, indicando que os mercados de Wall Street poderão se recuperar após caírem mais de 4% no pregão anterior, mas investidores continuam atentos à disseminação do coronavírus nos EUA. Também no radar está a pesquisa semanal de pedidos de auxílio-desemprego dos EUA, que deverão mais uma vez estar na casa dos milhões. Às 4h56 (de Brasília), no mercado futuro, Dow Jones subia 1,79%, S&P 500 avançava 1,71% e Nasdaq se valorizava 1,65%.

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