Novos laudos da Polícia Civil de Minas Gerais apontam a presença do dietilenoglicol em mais um lote de cervejas da marca Belorizontina, da Backer. Assim, subiu para três o total de lotes que deram resultado positivo para a substância. Uma pessoa morreu e nove seguem internadas em hospitais de BH e região metropolitana com suspeita de terem bebido a cerveja. A corporação informou ainda nesta segunda-feira, 13, que aumentou de três para quatro o número de confirmações da substância no organismo de pessoas que teriam consumido a bebida.
A Polícia Civil passou a trabalhar com 11, e não mais 10, possíveis vítimas da substância, com uma morte e 10 internações. Foi encontrado ainda, segundo a polícia, dietilenoglicol em equipamento da fábrica da Backer, em Belo Horizonte. Os testes apontaram ainda, na empresa, a existência da substância monodietilenoglicol em galão.
Os resultados de exames feitos anteriormente pela polícia já haviam dado positivo para amostras de sangue de três pessoas que teriam passado mal por causa da substância. Os testes já acusaram também a presença de dietilenoglicol para garrafas da Belorizontina consumidas por pelo menos parte dessas pessoas. Todas apresentaram problemas de ordem neurológica e insuficiência renal, sintomas condizentes com a reação à substância já verificada em outros países.
No sábado, 11, a Backer contestou os laudos divulgados até aquela data e afirmou que eram resultados preliminares. A Polícia Civil, no mesmo dia, disse que o teor dos documentos é conclusivo. O mesmo pronunciamento foi feito em relação aos resultados dos laudos divulgados nesta segunda-feira.
O advogado da cervejaria, Marcos Aurélio Souza Santos, afirmou que não vai se posicionar sobre os novos laudos, por esperar acesso ao inquérito.
Por Leonardo Augusto, especial para o Estado
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