O dólar opera em alta na manhã desta quarta-feira, 15, alinhado à tendência de leve apreciação da moeda americana que prevalece entre moedas de países emergentes e exportadores de commodities. Além disso, dados fracos do setor varejista divulgados mais cedo reforçaram as apostas de novo corte da taxa Selic, o que acabou por exercer pressão extra sobre o câmbio, devido à perda de atratividade do real.
As vendas do varejo subiram 0,6% na comparação com outubro, na série com ajuste sazonal, abaixo da mediana do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, positiva em 1,2% (intervalo de queda de 0,3% a aumento de 3,0%). Na comparação com novembro de 2018, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 2,9% em novembro de 2019, também abaixo da mediana das estimativas, que apontava alta de 3,9%.
O dado divulgado pelo IBGE, mais fraco que o esperado, dá fôlego à parcela do mercado que aposta em corte de 0,25 ponto porcentual na taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de fevereiro. Na semana passada, a queda de 1,2% na atividade industrial de novembro também alimentou essas apostas, o que chegou a gerar pressão de alta no dólar.
Às 9h57, o dólar à vista era negociado a R$ 4,1421, em alta de 0,28%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em fevereiro avançava 0,27%, para R$ 4,1475.
O mercado internacional opera em compasso de espera pela assinatura do acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China, marcado para ocorrer às 13h30. Nesse ambiente, os ativos seguem em direções distintas. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, operava em queda no horário acima, com investidores de olho na manutenção de tarifas impostas pelos EUA à China.
Havia a expectativa de que as tarifas pudessem ser suspensas com o acordo comercial entre as partes, que será assinado nesta quarta-feira. Entre moedas emergentes e de países exportadores de commodities, o dólar registra pequenas oscilações.
Por Paula Dias
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