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Montezano quer disponibilizar debêntures conversíveis a todas companhias aéreas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai utilizar até o final de abril o modelo de debêntures conversíveis em ações para socorrer as companhias aéreas que estão sendo fortemente afetadas pela queda da demanda diante da pandemia do coronavírus, e pode replicar o modelo em outros setores, informou o presidente do banco, Gustavo Montezano, em entrevista pela Web neste domingo, 29.

Segundo ele, as debêntures terão prazo de cinco anos e “taxas modestas”, e serão extensivas a todas as empresa do setor aéreo. Também está sendo estudo junto ao Ministério de Infraestrutura o mesmo socorro a outras empresas do setor de transporte. Ele descartou a recompra de ações de empresas, como vem sendo solicitado por agentes de mercado, diante das fortes quedas nas bolsas, mas afirmou que a solução é uma “quase equity”, com a ressalva que poderá trazer ganho para o banco depois que as ações dessas companhias aéreas voltarem a se valorizar.

Ele lembrou que banco vendeu nos últimos 90 dias R$ 25 bilhões em ações da carteira da BNDESPar, braço de investimentos do banco, mas que ainda tem uma carteira de R$ 60 bilhões. “O ideal teria sido ter nos desfeito de mais ações para ter mais fôlego (financeiro) neste momento. Agora é mais eficiente aportar capital primário do que comprar ações”, disse Montezano.

“Essa é mais uma etapa dessa jornada. O dinheiro está indo para onde é necessário nesse momento crítico”, declarou o executivo.

Por Denise Luna

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