O Banco Central (BC) voltou a pregar cautela nesta quinta-feira, 26, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), reafirmando que novas informações serão essenciais para as próximas decisões de política monetária.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 4,25% para 3,75% ao ano. Foi a sexta redução consecutiva. No RTI agora publicado, a autarquia repetiu que, neste momento, vê como adequada a manutenção da taxa Selic em seu novo patamar.
“No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos”, reafirmou o Copom.
Além disso, o BC enfatizou novamente que continuará fazendo uso de todo o seu arsenal de medidas de políticas monetária, cambial e de estabilidade financeira no enfrentamento da crise atual.
Política estimulativa
No RTI, os membros do Copom reafirmaram que “a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. Esta avaliação já constou no comunicado e na ata do último encontro do Copom.
A taxa estrutural é aquela que, em tese, permite o crescimento econômico sem gerar inflação.
O Copom também avaliou que sua decisão da semana passada “reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário 2020 e, principalmente, de 2021”.
Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
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