Às vésperas do lançamento da sua quarta e última fase, o open banking acumula mais de 1 milhão de autorizações de clientes para compartilhamento de seus dados bancários, segundo o Banco Central (BC). Um dos primeiros a “abrir o sistema financeiro” no mundo, o Reino Unido precisou de dois anos para alcançar essa marca – o Brasil conseguiu em quatro meses.
A iniciativa do BC, que pretende aumentar a competitividade no sistema financeiro, começou em fevereiro. De lá para cá, já são mais de 700 instituições participantes e 51 milhões de conexões, que são as “chamadas” entre as instituições participantes para troca de informações.
Nesta última etapa, que começa amanhã, será possível a troca de informações entre instituições financeiras sobre investimentos, seguros, previdência privada e câmbio. É o open finance (finanças abertas, em tradução livre).
Em um primeiro momento, haverá apenas o compartilhamento dos produtos ofertados pelas instituições financeiras, incluindo taxas e condições, o que vai facilitar a comparação entre os serviços pelo cliente. Mas, em 31 de maio de 2022, o usuário também vai poder partilhar seus próprios dados de investimento, seguros, previdência privada e câmbio, se for do seu desejo.
Isso vai permitir, por exemplo, que um banco X veja que a taxa de remuneração cobrada pelo banco Y de um determinado cliente está muito alta ou não dá o retorno adequado ao perfil, e ofereça a ele um plano mais vantajoso. “O modelo brasileiro de open banking envolve o maior escopo do mundo, incluindo desde o início da implementação de dados sobre crédito”, diz o diretor de Regulação do BC, Otávio Dâmaso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Thaís Barcellos
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