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Mercados globais têm viés de queda com Fed e BCE no radar

Índices futuros dos EUA recuam, enquanto as bolsas europeias operam mistas (Foto: Csaba Nagy/Pixabay)

Os índices futuros de ações norte-americanos recuavam nesta terça-feira (14), à espera do início da reunião do Federal Open Market Comittee (Fomc, equivalente ao Copom norte-americano), enquanto as bolsas de valores da Europa operam sem direção única.

Na reunião do colegiado do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) desta semana é esperado o anúncio da aceleração do tapering, como é chamado o processo de redução do volume de compras de títulos públicos, mas investidores já buscam sinais de uma possível antecipação da alta dos juros nos Estados Unidos. O mercado americano espera pela divulgação do IPP, índice que mede a inflação ao produtor. Um resultado acima das projeções pode reforçar as apostas em uma postura mais agressiva do Fed.

Na Europa, as atenções se voltam para a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), com término previsto para quinta-feira (16). Além disso, a implementação de restrições à circulação de pessoas visando conter a disseminação da variante Ômicron do coronavírus pelo continente preocupa os investidores europeus.

Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em baixa, com investidores preocupados com a possibilidade de redução dos estímulos nos EUA e com o impacto da crise do setor imobiliário na China.

Brasil

No Brasil, investidores repercutem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que sinalizou que a taxa Selic deve chegar a 11,75% ao ano no ápice do ciclo de alta, desacelerando para 11,25% no final de 2022. O Copom projeta que a inflação ficará em 10,2% em 2021, recuando a 4,7% em 2022.

Além disso, o mercado doméstico repercute a aprovação do texto-base do Marco Legal das Ferrovias, que permite a construção de ferrovias privadas, sem necessidade de licitação, pelo regime de autorização. Desde que o governo editou a medida provisória que trata do assunto, empresas já manifestaram o interesse de construir 36 ferrovias, o que resultaria em investimentos privados da ordem de R$ 150 bilhões.

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