As taxas de juros negociadas no mercado futuro iniciam o dia em queda, em toda a extensão da curva, mas com mais intensidade no trecho intermediário. A queda, que chega a superar 20 pontos-base, ocorre em resposta ao resultado do IPCA de novembro, divulgado mais cedo. A inflação medida pelo índice ficou em 0,95% no mês passado, muito próxima do piso das estimativas colhidas no mercado pelo Projeções Broadcast, que era de 0,94%.
O alívio na curva se dá um dia depois dos ajustes promovidos pelo mercado em resposta ao tom mais duro mostrado pelo Banco Central em sua reunião de política monetária. Apesar de ter elevado a taxa Selic em 1,5 ponto porcentual, como o previsto, a autoridade monetária surpreendeu ao sinalizar que persistirá perseguindo a convergência das expectativas para as metas de inflação para os próximos anos, mesmo em meio aos sinais de desaquecimento da atividade econômica, que já mostra recessão técnica.
Às 9h38 desta sexta-feira, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2023 tinha taxa de 11,38%, contra 11,63% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 projetava 10,47%, ante 10,69%. E o vencimento de janeiro de 2027 tinha taxa de 10,43%, contra 10,60% do ajuste anterior.
As atenções nesta manhã ainda deverão se concentrar no cenário internacional, às voltas com temores em torno da variante Ômicron do coronavírus, e à espera das reuniões de política monetária dos bancos centrais dos Estados Unidos, Europa e Inglaterra. Às 10h30 será conhecido o resultado da inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de novembro.
Por Paula Dias
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