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IPC-S avança a 1,08% em novembro, após 0,77% em outubro, diz FGV

O resultado veio acima do teto das projeções (Foto: Laura James/Pexels)

O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou a 1,08% no fechamento de novembro, após variação de 0,77% em outubro e de 0,96% na terceira quadrissemana do mês. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador acumulou inflação de 9,89% nos 12 meses até novembro, maior que o avanço de 9,73% ocorrido até outubro.

O resultado mensal veio acima do teto da pesquisa Projeções Broadcast, de 1,04%, com mediana de 0,98% e piso de 0,91%. A taxa em 12 meses também superou a expectativa mais alta do levantamento, que tinha estimativas de 9,70% a 9,84% e mediana de 9,80%.

Das oito categorias de despesas que compõem o indicador, quatro avançaram na variação da terceira quadrissemana de novembro para o fechamento do mês, com destaque para Educação, Leitura e Recreação, que saltou de 0,57% para 1,51%. Em outubro, a taxa havia sido de 1,57%. A maior contribuição foi de passagem aérea, cuja variação subiu de 2,88% para 8,87% na comparação quadrissemanal.

Habitação (0,36% para 0,56%), Transportes (2,98% para 3,07%) e Vestuário (0,48% para 0,59%) também registraram avanço ante a terceira quadrissemana. Nessas classes de despesa, houve participações importantes de condomínio residencial (0,28% para 1,43%), etanol (9,83% para 10,61%) e roupas femininas (0,32% para 0,60%), respectivamente.

Na direção oposta, Alimentação (0,78% para 0,66%), Comunicação (0,15% para 0,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,21% para 0,16%) e Despesas Diversas (0,22% para 0,20%) tiveram alívio na inflação. Os itens hortaliças e legumes (9,61% para 6,68%), tarifa de telefone residencial (1,38% para 0,25%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,43% para 0,17%) e alimentos para animais domésticos (1,52% para 1,00%) contribuíram para a desaceleração.

Influências individuais

Os itens que mais pressionaram o IPC-S para cima no fechamento de novembro foram gasolina (7,28% para 7,44%), passagem aérea (2,88% para 8,87%) e etanol (9,83% para 10,61%). Condomínio residencial (0,28% para 1,43%) e tarifa de eletricidade residencial (0,19% para 0,63%) completam a lista.

Já leite tipo longa vida (-2,80% para -2,88%), perfume (-0,30% para -0,98%) e banana-prata (-4,59% para -3,59%) tiveram as maiores influências de baixa no resultado quadrissemanal, seguidos por arroz (-0,83% para -1,38%) e costela bovina (-2,32% para -1,87%).

Por Marianna Gualter

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