A Caixa Econômica Federal anunciou na manhã desta quinta-feira lucro líquido de R$ 3,207 bilhões no terceiro trimestre de 2021, crescimento de 69,7% em relação ao mesmo período de 2020, mas queda de 48,8% ante o segundo trimestre deste ano, resultado que entre os meses de abril a julho foi influenciado pela abertura de capital (IPO) do braço de seguros do banco público, que rendeu ganho de R$ 3,3 bilhões. No acumulado dos nove primeiros meses de 2021, o resultado somou R$ 14,1 bilhões, aumento de 87,4%.
A carteira de crédito ampliada do banco público encerrou o terceiro trimestre em R$ 842,3 bilhões, crescimento de 11,3% em um ano. No demonstrativo de resultados, o banco destaca que entre julho e setembro concedeu R$ 118,1 bilhões em crédito para a população, crescimento de 8,5% em relação ao segundo trimestre.
Entre os destaques da carteira de empréstimos está o aumento de 79,4% no crédito para o agronegócio em 12 meses, além da alta de 28,5% em crédito para pessoa jurídica, principalmente, para micro e pequenas empresas, e expansão de 8,7% em habitação.
No terceiro trimestre, a Caixa registrou crescimento de 429,1% nos empréstimos para o setor de saneamento e infraestrutura e de 201,0% em crédito comercial para empresas, principalmente para as menores, destaca o banco em seu balanço.
Na inadimplência, a taxa para atrasos acima de 90 dias fechou o terceiro trimestre em 2,16%, abaixo dos 2,46% do segundo trimestre, mas acima do nível de um ano atrás, em 1,87%. As despesas com provisão para devedores duvidoso somaram R$ 2,975 bilhões no trimestre, alta de 15% ante o encerramento de julho.
A Caixa encerrou setembro com R$ 2,675 trilhão em ativos administrados, expansão de 5% em um ano, incluindo aqui os recursos do FGTS. Descontando estes números, os ativos somaram R$ 1,488 trilhão.
Por Matheus Piovesana e Altamiro Silva Junior
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