O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deverá acelerar para 10,5% no acumulado em 12 meses até outubro, o que representará um novo ápice inflacionário ao invés da projeção de pico em setembro (10,2%), avalia o departamento de pesquisa macroeconômica do Santander.
“Seguimos bastante cautelosos quanto ao cenário de inflação, especialmente para o próximo ano, especialmente após a recente elevação do risco idiossincrático, que pode seguir impactando as expectativas de inflação de curto, médio e longo prazo”, diz relatório da equipe do banco liderada por Ana Paula Vescovi, que também aponta para maior risco no processo de consolidação fiscal diante da proposta do governo de mudar o teto de gastos, “a principal âncora fiscal do País”.
Chama a atenção dos economistas a tração da inflação de serviços, que tem inércia elevada, o que pode dificultar o processo de “desinflação” projetado para os próximos meses.
O IPCA de outubro será conhecido na quarta-feira (10).