O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta sexta-feira a indicação de Esteves Colnago para o cargo de secretário especial de Tesouro o Orçamento da pasta, no lugar de Bruno Funchal, que pediu exoneração na quinta. Segundo o ministro, o novo secretário especial terá liberdade para escolher o próximo secretário do Tesouro, já que Jeferson Bittencourt também deixou o cargo também na quinta.
“Estou nomeando alguém bastante sênior, com muita formação, muita experiência para o lugar do Funchal. Sai Funchal e entra Esteves Colnago”, anunciou, ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
Como adiantou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Ministério da Economia era um dos principais cotados para substituir Funchal.
Colnago já foi Ministro do Planejamento no governo Michel Temer, quando acumulou experiência na área.
“Estou absolutamente tranquilo”, disse Guedes. Tenho tentado fazer substituições que aumentem qualidade da equipe. Não tenho a menor dúvida que Colnago puxa a média para cima. Ele tem uma carreira brilhante no setor público e é um símbolo do bom funcionalismo público”, completou o ministro.
Guedes destacou ainda o bom trânsito de Colnago com os parlamentares, visto como essencial para a equipe econômica. “Os próprios Congressistas me pediam para mandar o Colnago lá, pela alta inteligência emocional dele. Com todo respeito ao Funchal, fazemos uma substituição efetiva” acrescentou. “E ele escolhe o secretário do Tesouro que ele quiser”, completou.
Ato falho
Ao confirmar o nome de Esteves Colnago para o cargo de secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Paulo Guedes cometeu um ato falho ao confundi-lo com o banqueiro André Esteves, do BTG.
Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Guedes aproveitou o erro para mostrar o desconforto com as informações de que parte da ala política do governo teria ido ao próprio BTG para encontrar um substituto para si na cadeira de ministro da Economia. O ex-secretário do Tesouro Nacional e atual economista chefe do BTG, Mansueto Almeida, seria o alvo dessa sondagem.
“Uma ala política foi no André Esteves perguntar se o BTG poderia emprestar o Mansueto se eu saísse. Sei que o presidente Bolsonaro não pediu isso, porque ele confia em mim e eu confio nele, mas muita gente da ala política andou fazendo pescaria, inclusive lá (no BTG)”, ironizou Guedes.
Por Eduardo Rodrigues, Lorenna Rodrigues e Eduardo Gayer
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