O time de análise do Banco Inter (BIDI11) acredita que a subida da taxa Selic para 8% ao ano deve ser suficiente para trazer a inflação para a meta, apesar da pressão recente do nível geral de preços, graças à maior potência da política monetária.
Os economistas destacam que o ciclo de aperto monetário desta vez enfrenta uma alta de preços resultante de choques de oferta que tendem a se dissipar com a normalização das cadeias produtivas, ao invés de um problema de excesso de demanda, como o ocorrido anos atrás com alta de 8% nos preços de serviços.
Além disso, o poder do ciclo de alta da Selic aumentou também pela redução dos subsídios de crédito e da atuação dos bancos públicos e pela maior competição no mercado bancário, que diminuiu os spreads – diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente repassada ao tomador de empréstimo.
“A convergência da inflação para a meta deve permitir que, ao final de 2022, o Banco Central inicie o ciclo de normalização da Selic, terminando o ano de 2022 em 7,50% e chegando em 6,5% em 2023”, diz relatório da equipe chefiada pela economista-chefe, Rafaela Vitória, que prevê juro básico de 8,25% ao ano ao fim de 2021.
Projeções
A Inter Research também elevou a projeção de IPCA para 8,1% em 2021 e para 4,1% em 2022. Além disso, reduziu a estimativa para o crescimento do PIB em 2021 para 5,1% e para 1,2% em 2022.
“A desaceleração global, a maior incerteza no cenário fiscal local e a elevação dos juros para patamar contracionista deve impactar negativamente o crescimento em 2022 e revisamos nossa projeção para 1,2%.”
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