O indicador IPCA-15, prévia da inflação oficial ao consumidor no Brasil, superou as projeções de analistas ao acelerar 0,89% em agosto, levando a variação em 12 meses para 9,30%.
Para economistas, o resultado mostra que o problema de pressões inflacionárias ainda prosseguirá por mais algum tempo. Além disso, eleva a atenção do mercado para os próximos passos do Comitê Política Monetária do Banco Central (Copom) no ciclo de alta da taxa Selic. O próximo encontro da autoridade será nos dias 21 e 22 de setembro.
“Estes números [do IPCA-15] reforçam a perspectiva que a autoridade monetária muito provavelmente terá que subir a Selic em 125 pontos base na reunião de setembro”, avalia o economista-chefe da corretora Necton, André Perfeito.
“A dinâmica mais forte de industriais preocupa e deve continuar pelo menos até o último trimestre do ano”, observa o estrategista-chefe do banco digital Modalmais, Felipe Sichel, citando como possíveis razões os repasses para o consumidor de aumento de custos represados ao longo dos últimos meses. “Estamos revendo nossa projeção de IPCA para o mês de agosto fechado. De toda forma, mantemos a projeção de alta de 100bps na próxima reunião do Copom.”
Atualmente, a Selic se encontra no nível de 5,25% ao ano.
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